24 setembro 2010

Blog DTD dá boas vindas aos calouros da Arquivologia UnB


O blog Diplomática e tipologia documental estende o tapete vermelho para os novos alunos de Arquivologia da UnB e os convida para acessarem, participarem, opinarem etc. Afinal a discussão sobre a tipologia documental perpassa a maioria das grandes funções arquivísticas.  Anotem na agenda e/ou adicionem nossa URL: http://diplomaticaetipologia.blogspot.com/

Aproveitando esse primeiro contato de apresentação, sugere-se que seja feita uma ampla prospecção nas mais de 150 postagens desde blog e nos mais de 30 blogs dos ex-alunos desta turma (que somam mais de 1100 post). Naveguem e descubram por este blog foi indicado ao prêmio internacional FRIDA (acesse aqui a página do blog no prêmio).




Sejam BEM-VINDOS 
calouros de 2/2010!

Separando o joio do trigo


Não é de hoje que a discussão entre o que é público e privado ganha intensidade na Arquivística. A discussão ganha mais corpo e fica mais clara ainda no contexto da documentação política. O acervo do presidente Lula reúne joias, cartas, remédios e itens inusitados (ACESSE AQUI). Fica o interesse em saber como é tratada a parte de arquivo. Que parâmetros de classificação são utilizados? Sob que critérios é realizada a avaliação das informações? Enfim, que imagem do presidente esse acervo quer transparecer para as futuras gerações?

Aos interessados, a legislação que rege os acervos documentais dos presidentes da república é representada pela lei 8.394 (1991) e pelo Decreto 4344 (2002)

Postado por Rodrigo Fortes de Ávila

23 setembro 2010

"Blogosfera" unida!


Os resultados das avaliações da metodologia de trabalho da disciplina, por parte dos próprios alunos, nos deixam apenas uma certeza: a de que podemos continuar com os blogs como uma maneira interativa de discussão da Diplomática contemporânea. O ensino por intermédio dos blogs ganha intensidade tanto pela maneira didática de aprender brincando, quanto pela oportunidade de se debater Arquivística de uma maneira pop, conforme discutido no post anterior.

A aplicação dos questionários foi realizada nos dois últimos semestres da disciplina, apresentando um universo de 82 alunos pesquisados. Obviamente, essa aplicação se torna preponderante não só pela avaliação do método, mas também pela observação de pontos que devem ser melhorados e discutidos no decorrer da própria disciplina. Um deles é justamente o avesso à exposição que o trabalho com a Web 2.0 acaba oferecendo aos alunos. Podemos observar que a importância do compartilhamento de ideias, tão aclamado pela revolução da internet, não pode se reverter num aspecto negativo dentro do pensamento universitário. Além disso, a equipe da disciplina acredita e bate na tecla de que a universidade é um espaço aberto às discussões, e de que erro e acerto são faces da mesma moeda, fazendo parte do experimentar acadêmico. Como diriam os mais astutos, "o acerto é só um erro que se equivocou".

Dito isso, ficamos felizes em observar que a experiência foi positiva para quase 80% dos pesquisados, observando que o método pode contribuir para a aplicação prática em estágios, por exemplo, dos princípios teóricos discutidos pelo programa do curso. Não só isso, a importância de inserir uma vontade de busca de outros textos, de ir além do que é discutido em sala, traz a vantagem de alimentar um espírito de pesquisa  por novos conteúdos nos graduandos.

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Acrescentando à análise dos resultados o argumento de que se fazer um blog seja uma ferramenta de aprendizagem importante para mais de 70% dos alunos; além de aumentar o interesse pelo conteúdo da disciplina para mais de metade dos pesquisados. Podemos concluir, pela análise do resultados, que esse tipo de iniciativa é uma boa estratégia para o aprendizado dos alunos do curso de Arquivologia da Universidade de Brasília (UnB)..

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À guisa de conclusão, vale ressaltar a importância dos blogs dos semestres anteriores para 65% dos alunos. Fica confirmada a observação de que vale a pena vasculhar os outros trabalhos e compartilhar ideias, já que esse é um dos objetivos da Web 2.0. Bem como reforça a imagem de que a construção do conhecimento se faz "subindo nas costas de gigantes", ou até mesmo anões. A qualidade do conteúdo dos blogs também ganha destaque, tanto que ex-alunos e estudantes da pós-graduação voltam para contribuir na conduta da disciplina. Ou seja, podemos dizer que a receita pelo sucesso temporário da experiência está na união de várias pessoas dispostas a somar, assim como na disposição de todos em discutir. Vamos em frente que quem sabe faz a hora!

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Postado por Rodrigo Fortes de Ávila

20 setembro 2010

ARQUIVÍSTICA POP

Nos blogs vinculados à disciplina, produções da cultura pop têm sido, recorrentemente, utilizadas como pano de fundo para discussão de conceitos ligados à Diplomática e à Arquivologia. Confirmem essa constatação relendo alguns posts do semestre passado, onde foram explorados filmes como Os irresistíveis Falsários, El Secreto de Sus Ojos, Ilha do Medo, Brazil e Os Falsários.

Escrever de forma leve, criativa, falando da informação arquivística (e seu universo) como algo presente no cotidiano de todos é uma prática que merece ser desenvolvida e encorajada.

Não é raro encontrar nas outras áreas produções, best sellers inclusive, que tratam de assuntos sérios, mas de uma forma acessível ao grande público. Basta ir a qualquer livraria e observar alguns títulos provenientes, por exemplo, da Administração "Quem mexeu no meu queijo", "Como enrolar seu chefe e progredir na empresa"; da Economia "Freakonomics" [freak mesmo!], "O economista clandestino"; ou mesmo da Filosofia "Metallica e a Filosofia: Um Curso Intensivo de Cirurgia Cerebral", "Família Soprano e a Filosofia: Mato, Logo Existo!", Super-Heróis e a filosofia - Verdade, justiça e o caminho socrático".

Essas obras, a partir de narrações alegóricas, apresentam as teorias, métodos e práticas das respectivas áreas de um jeito menos formal e indigesto. A quase promessa de textos diferenciados presente já nos títulos e subtítulos é capaz de atrair qualquer tipo de leitor. Quem não estuda ou trabalha diretamente com Administração, Economia ou Filosofia tem a chance de se familiarizar com os problemas levantados por esses campos do conhecimento e também, num segundo momento, valorar, a seu modo, as soluções e reflexões propostas.

Agora, por que na Arquivologia são tão raras produções dessa natureza? Por que para nós continua tão difícil produzir coisas que fujam da esquizofrenia das apostilas de concurso e manuais de arquivo? Muitas vezes parecemos sufocados pela ligação íntima entre os Arquivos e a proposta do Estado Democrático de Direito, mas em última análise a Arquivologia não é um saber de Estado e podemos, sim, raciocinar fora do cercadinho das burocracias.

É preciso diversificar e dar novos sabores à literatura da área de Arquivologia; os blogs, vistos como incubadoras de idéias onde não há limites para a criatividade, podem ajudar no desenvolvimento desse novo segmento de produção intelectual.

Como exercício, seria muito interessante se, futuramente, os blogueiros diplomáticos de cada semestre se interessassem em compilar, editar e publicar (digitalmente mesmo) um compêndio com seus pequenos ensaios sobre possíveis relações entre a Diplomática/Arquivística e obras do cinema, teatro, música, televisão etc. Pode ser uma estratégia válida na busca do reconhecimento social que tanto almejamos e porque não, também, dos nossos 15 minutos de fama.

Aos interessados, fica a promessa de cooperação de um grande entusiasta da idéia.

Postado por Leonardo Neves Moreira.


17 setembro 2010

Blogs mais votados de 1/2010 - prêmio do público


Finalmente! Depois de tanta espera, o resultado do melhor blog é divulgado. Ansiedade. Muita unha roída, mas enfim temos a lista dos blogs que mais se destacaram no 1/2010. Os blogs abaixo foram os mais votados em todos os quesitos, por isso são considerados pelos alunos os top blogs do semestre.

Resta ainda a análise de mérito, que será feita pelo professor. Aguardem...

E a medalha de ouro, do público, vai para o blog...


A 2ª posição, levando a medalha de prata vai para o blog...

A medalha de bronze vai para o 3º melhor blog...

Agora, avaliando os blogs mais especificamente, segundo os quesitos usabilida, atratividade, clareza, precisão e completude temos os seguintes resultados:

No parte de usabilidade temos os três blogs abaixo como vencedores.
1º Lugar: FUNDO DA GARAGEM
2º Lugar: LIGA, VAI
3º Lugar: HORA DE COMUNICAR


No quesito atratividade quatro blogs se destacaram mais. Sendo que dois empataram e ocupam o segundo lugar.

1º Lugar: DIPLOARTE
2º Lugar: HORA DE COMUNICAR e LIGA, VAI
                FUNDO DA GARAGEM


Quanto a clareza do tema e conteúdo abordado, também teve empate e os melhores foram:

1º Lugar: FUNDO DA GARAGEM
2º Lugar: HORA DE COMUNICAR
3º Lugar: LIGA, VAI , ESCOTEIROS DIPLOMÁTICOS e PODE BEIJAR A NOIVA


Os blogs votados como mais os mais precisos de 1/2010:

1º Lugar: FUNDO DA GARAGEM
2º Lugar: HORA DE COMUNICAR
3º Lugar: DIPLOARTE


No quesito de completude os blogs que se destacaram foram:

1º Lugar: HORA DE COMUNICAR
2º Lugar: ESCOTEIROS DIPLOMÁTICOS
3º Lugar: DIPLOARTE , FUNDO DA GARAGEM e LIGA, VAI

Parabéns aos grupos que se destacaram!
;)
Postado por Larissa Marques.

07 setembro 2010

Memórias "(re)veladas"


Tentando acordar do sonho kafkiano provocado pela discussão do processo apresentado aqui, nos deparamos com uma matéria publicada na Carta Capital, no mês de agosto, que demonstra o emaranhado político no qual se refugiam os arquivos. Nos comentários do post em questão, observamos a ideia da falta de contribuição real para a instituição, por parte daquele que procura uma capacitação profissional. Não sabemos o modelo administrativo a que essa ideia se refere, mas achamos que está muito mais atrelada à época das cavernas;  pode passar para pegar o Kit Flinstones oferecido anteriormente. Não se levanta aqui um imaginário de guerra, travada entre as pessoas e os interesses da organização. Escutamos um ótimo neologismo no XVI CBA, que está longe do que queremos apresentar. Não se trata de CORPORARQUIVISMO.O ponto central é saber até onde o ideal de que uma instituição de missão altamente democrática pode se utilizar de métodos administrativos chancelados por lobos do antigo regime.

A questão é: e se perguntássemos o contrário? Ou seja, quais seriam os interesses da instituição? Que tipo de profissionais as instituições querem como representantes de sua equipe de trabalho? Qual a qualidade dos profissionais que são escolhidos para os projetos arquivísticos? Que filosofia está embutida na conduta da instituição? Será que temos um interlocutor?

Baixem aqui a matéria e tirem suas próprias conclusões.

Postado por Rodrigo Fortes de Ávila

05 setembro 2010

O que será o amanhã?


No XVI CBA, Bruno Delmas nos apresentou um cenário intrigante da Arquivística. Com os sinais cada vez mais fortes da virtualização do documento, o questinamento feito por sua apresentação retoma a seguinte questão: qual o papel do arquivista diante da diluição do registro físico do documento de arquivo em bits? Com as tecnologias da informação marcando cada vez mais o compasso rumo à "desmaterialização" do documento, que cenários esperamos à profissão?

Os questionamentos feitos anteriormente ainda concorrem para outras indagações. Partindo do princípio de que o registro existe, nos resumiremos a dispô-los em ordem física? Caso contrário, se esta é a função de um arquivista, o que teremos que fazer se já não precisamos arrumar as coisas devido à sua imaterialidade?

Diante disso, Delmas apresenta três cenários diante da desmaterialização corrente. No primeiro o arquivista aparece, mas não com o ideal de dispor objetos, e sim com a preocupação da garantia da autenticidade e veracidade, trazendo nesse argumento a importância da Diplomática contemporânea, bem como o destaque do processo de atualização das informações custodiadas pelos arquivos. Já no segundo cenário, o arquivista some, vira pó. Logicamente por que não se tem documento físico, e se esse se resume ao trato deste, não há mais razão quando não se tem mais esse objeto. E por último, o futuro de que tudo é incerto. E acrescentaria aqui que este é o presente. Ou seja, o futuro seria a projeção do que vivemos.

Apesar de antigas, são questões que devem ser relembradas e que merecem destaque diante da problematização de nossa conduta profissional. Caso contrário, teremos que chamar o caça-fantasmas para procurar os arquivistas que ficaram nos escombros de seus princípios teóricos.

Postado por Rodrigo Fortes

03 setembro 2010

Personagem de famosa série de TV revela ser fã do Blog de Diplomática e Tipologia Documental

A recente discussão promovida por este blog acerca de como um curso de doutoramento pode comprometer o desempenho profissional de um arquivista (ver post aqui) trouxe de volta um famoso personagem da extinta TV TUPI: o Vigilante Rodoviário. 


Temendo o assédio dos fãs, o famoso personagem não se identificou e optou por permanecer no anonimato. Entretanto os indícios que apontam para ele são bastante fortes, como revelam dois comentários seus feitos no mencionado post:
  • "Condizer com as atuais atividades" e "funções/atribuições de Arquivista" são coisas completamente diferentes. A questão é se ele REALMENTE utiliza o conhecimento adquirido em prol do Arquivo Nacional, ou se a instituição serve apenas como fonte de renda e/ou trampolim para atividades que ele realiza fora dali. Quem está lá dentro, bem sabe, que nem tudo é como parece. Infelizmente. O contexto é tão importante quanto o fato. (Postado por Anônimo em 31/08/2010 22:01:00)
  • E complementando o comentário pouco acima sobre "historiadores amadores", ao que parece, a carreira que ainda não possui "estrada" é a Arquivologia, que pouco mostrou até hoje. (Postado por Anônimo em 31/08/2010 22:08:00)
A defesa do "patrulhamento" por quem é bem rodado pelas "estradas" acabaram por comprometer o anonimato de nosso ilustre internauta.  Longe de querer roubar a "cena" acho que os acurados comentários deste personagem merecem algumas observações:

  • Talvez eu esteja um pouco desatualizado quanto aos novos rumos da história, mas não sabia que a Odebrecht, grande construtora de estrada, tenha mudado de ramo e passado a financiar carreiras de engenheiros históricos nos arquivos. O fato de "nós", ou melhor, vocês historiadores rodoviários, terem, por mais de um século, considerado a Arquivologia como ciência auxiliar da história tenha contribuído para esse estado de coisas. Na minha época não era a Odebrecht que estava em voga, porém um alemão chamado Brecht que nos instigava a não se calar perante injustiças. 
  • Definir, como o Sr. advoga no coment das 22h01, o controle institucional da ciência já levou a humanidade para "caminhos rodoviários" sem saída. A Inquisição, o "Socialismo Científico" (como área do "conhecimento") e a queima de livros pelos nazistas são apenas exemplo da tentativa de instrumentalização da ciência para este ou aquele fim. Caso o Sr. tenha interesse sobre opiniões mais detalhadas minhas sobre esse assunto indico que acesse aqui outro post em meu blog de metodologia. Quem tem o poder de dizer o que é realmente útil para o Arquivo Nacional? Eu, há anos, tenho criticado a resolução 14 do CONARQ, mas tais críticas não parecem ser úteis para o AN, porque vão na direção contrária do que a instituição postula (sobre esse ponto, ver, por exemplo, post anterior aqui). Em 2008, no Congresso Brasileiro de Arquivologia, fui ofendido por uma servidora do AN que não admitia que eu discordasse de um verbete do dicionário de nossa maior instituição arquivística posto que ele fora escrito com base em parecer jurídico sobre a legalidade do "ser arquivísta". Não parece ser o caso de chamar a CBDA para instalar um trampolim, porém de tentar entender qual é o nível de debate, e as críticas dele resultantes, que a instituição está disposta a patrocinar em nome da ampliação da construção do conhecimento científico na área. Do contrário, o AN continuará a integrar a literatura acadêmica apenas por meio de suas normatizações técnicas ao invés de contribuir com discussões científicas reconhecidas por quem faz ciência no país e no mundo. 
  • Como professor de um conceituado curso de Arquivologia gostaria muito que meus alunos almejassem ser arquivistas do AN; como coordenador de um conceituado curso de pós-graduação em Ciência da Informação eu também gostaria que os arquivistas do AN pudessem se aperfeiçoar na pós-graduação, ajudando a tornar a área mais científica. Se isso não começar a ocorrer, a pós-graduação com temas da Arquivologia estará fadada a continuar a "pegar carona" nos programas de História ou de Ciência da Informação. Meu desejo é que a Arquivologia possa construir uma "estrada" ampla e segura a ponto de não precisar de "patrulhamento".
Sugestão de atividade: discutir a autoria e a autenticidade diplomática dos coments do Vigilante Rodoviário. Um bom subsídio pode ser encontrado no desafio sobrenatural proposto pelos alunos desta disciplina. Acesse aqui o post-desafio do Diploarte e veja como o debate aberto estimulado por este blog pode contribuir para a formação de novos arquivistas.

Esse tipo de inovação no aprendizado de Arquivologia recebeu indicação para o prêmio internacional FRIDA. Veja o post aqui e VOTE por este blog acessando este link.

02 setembro 2010

100 anos do Corinthians

Na semana do centenário do time mais democrático do país, este blog não poderia deixar a efeméride em branco.  A imagem abaixo é parte integrante de um documento arquivístico, além de ter um inegável valor histórico por representar o primeiro registro de manifestação pública em prol da anistia.


A sugestão de atividade é a discussão diplomática e tipológica de três documentos, considerando diferentes contextos de produção:
  • O negativo fotográfico da imagem acima, sob a ótica de um fotógrafo contratado por um grande jornal.
  • O recorte de jornal reproduzido acima feito por um militante político pró-anistia.
  • O recorte de jornal reproduzido acima feito por investigador do DEOPS-SP.
  • A faixa da anistia como documento dos militantes que a empunham:


Parte da solução pode ser encontrada aqui.

Postado por André Lopez