17 janeiro 2014


No próximo dia 18 de janeiro, pelas 15h00, o Arquivo Municipal de Loulé recebe a primeira Conferência “Entre Arquivos”, subordinada ao tema "A gestão da informação nas Autarquias: o plano de classificação funcional", proferida por Carlos Guardado da Silva.

“Entre Arquivos” é um projeto que visa a realização de um ciclo de conferências na área da arquivística. Esta iniciativa pretende trazer especialistas aos diferentes Arquivos do Algarve, num sábado de cada mês, no decurso de 2014. A organização do projeto está a cargo de Nélson Vaquinhas, do Arquivo Municipal de Loulé e CIDEHUS/UÉ, Marisa Caixas, do Serviço de Gestão Documental - Centro Hospitalar do Algarve e Helena Vinagre, do Arquivo Municipal de Olhão.

Relativamente a esta primeira conferência, será abordada a gestão da informação nas Autarquias e o plano de classificação funcional.

“A Macroestrutura Funcional, assim como o Plano de Classificação para a Administração Local, independentemente do amadurecimento que possam vir a conhecer, concorrem para a emergência de um novo paradigma na gestão da informação e da documentação arquivísticas, no âmbito da administração pública. Paradigma que cruza as funções com os processos de negócio, transversal e suprainstitucionalmente, e considera os diferentes organismos da administração pública enquanto sistemas abertos. Simultaneamente, oferece-se à administração pública e, particularmente, à comunidade arquivística um novo instrumento de gestão da informação normalizado, que serve a classificação, mas também a avaliação e a seleção da informação e dos documentos arquivísticos, entre outros objetivos. 
Na verdade, a prossecução de objetivos de gestão da informação em rede exige, porém, a normalização e a comunicabilidade da informação entre pessoas, singulares ou coletivas, públicas ou privadas. Este objetivo tornar-se-á possível o mais facilitado na administração pública portuguesa através da normalização da gestão da informação, materializada num plano de classificação comum aos diversos organismos independentemente do seu nível: central, regional ou local. No entanto, só é possível alcançar esse desígnio adotando o critério funcional, assumido pela Arquivística em termos internacionais, de que o melhor testemunho é a norma ISO 15489-2:2001 (NP4438-2:2005), uma vez que a estrutura orgânica de cada organismo é única, sendo distinta de entidade para entidade, e alvo de constantes mutações.

Tendo assim por referência as funções (e o contexto funcional), a classificação consiste em identificar e agrupar os documentos e a informação de âmbito arquivístico em classes ou categorias de acordo com a estrutura funcional e respetivas subfunções ou atividades das diversas entidades produtoras da administração pública, independentemente da sua natureza. Todavia, a adoção da classificação funcional é complexa, porque assenta na distinção clara entre órgãos, unidades orgânicas ou serviços e funções, quando as unidades administrativas se estabelecem, ou deveriam estabelecer, com base na especialização funcional. Todavia, a classificação baseada nas funções é nitidamente o critério mais estável, sendo tão objetivo quanto o orgânico, uma vez determinadas aquelas. E é também o critério que melhor parece considerar o respeito dos fundos, apesar de questionável a utilização do conceito de fundo no contexto da gestão da informação transversal a toda a administração pública portuguesa.

Em suma, teremos de considerar, doravante, um único instrumento de classificação e avaliação da informação arquivística para todas as entidades da administração local portuguesa, de modo a garantir o princípio da interoperabilidade. Objetivo que será conseguido também pelo facto da MEF ter abandonado a distinção entre funções-meio e funções-fim, no entendimento de que as funções-meio de uns organismos são as funções-fim de outros, assim como reconhecendo a existência de processos transversais a vários organismos da administração pública. Emerge, então, um esquema classificativo, de primeiro e segundo níveis (funções e subfunções), para toda a administração pública, acrescentando-se um terceiro nível, o do Plano de Classificação da Administração Local”.

Carlos Guardado da Silva é Licenciado em História, Mestre e Doutor em História Medieval e Pós-Graduado em Ciências Documentais – variantes de Arquivo e Biblioteca e Documentação, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL).

É Professor Auxiliar Convidado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa do Mestrado em Ciências da Documentação e Informação. Investigador do Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, é responsável pelo Arquivo Municipal de Torres Vedras. Académico Correspondente da Academia Portuguesa da História é (co)autor de cerca de cem títulos, sobretudo na área da História Medieval, Guerra Peninsular e Ciências da Informação.


A entrada é livre.

Informação reproduzida do Concelho de Loulé



Em 2013 a Medotologia MEF foi analisada na disciplina Diplomática e Tipologia Documental da do curso de Arquivologia da Universidade de Brasíla tendo como base o texto de Carlos Guardado da Silva: SILVA, Carlos Guardado da. A classificação da informação arquivística da administração local nos países ibéricos: a análise comparada. In: Jornadas Ibéricas de Arquivos Municipais: políticas, sistemas e instrumentos. Lisboa: 2013. Disponível aqui.

Muitas atividades foram realizadas interativamente por meio do blog da disciplina e/ou dos blogs dos vários grupos de alunos, conforme pode ser visto nos links abaixo:
São atividades instrumentais que facilitam o trabalho em classe. A maioria delas é proposta pelos monitores (alunos que já cursaram a disciplina), que se valem de linguagem compatível com os seus pares. Os registros da participação discente encontram-se no campo "comentário", muitas vezes fazendo remissão aos próprios blogs, onde apresentam a execução completa da atividade. O "kit MCE-Byte" é um conjunto fictício de documentos usados como material para exercício prático.

Informação de André Porto Ancona Lopez

16 janeiro 2014

AGN da Colômbia quer chegar aos 10.000 fãs no Facebook


Ampliar la cobertura en materia de Comunicación Informativa, entendida como el mecanismo que facilita la participación de la ciudadanía en la gestión pública, la divulgación de la información y la interlocución con las personas y las partes interesadas en archivos, historia y patrimonio; y aumentar la presencia e interacción a través de las diferentes redes sociales institucionales, haciendo a su vez, difusión del patrimonio documental que salvaguarda la Entidad, son las metas establecidas por el Archivo General de la Nación (AGN) de Colombia para la vigencia.

Es por ello, que llegar a 10.000 fans en la red social Facebook del AGN antes de finalizar el año 2014, es la meta que se pretende alcanzar con el apoyo de amigos, aliados estratégicos, entidades, y en general agremiaciones nacionales e internacionales que propendan por la “construcción de la memoria de los países”.

¡Contamos con su apoyo! Porque Archivo, somos todos…

Enlaces:
Texto de Dania Paola Asprilla
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André Lopez