21 dezembro 2012

Duplicity

Imagem retirada de: http://www.aceshowbiz.com/still/00004503/duplicity03.html

Pessoas! Hoje foi noite de cinema! Espero que tenham gostado do filme e se divertido bastante, mas agora é hora de ir ao que interessa: Diplomática!

Cada grupo deverá:

1) Identificar um tipo documental que apareça no filme

2) Contextualizando a análise com a trama do filme, analise o documento escolhido discutindo sua autenticidade diplomática, jurídica e histórica.

3) Lembrem-se sempre de basear suas respostas no texto de DURANTI, disponível aqui


Orientações:

1) A atividade é obrigatória e em grupo.
2) O link para a atividade deve ser postado nos comentários deste post.
3) O prazo para realização da atividade é dia 04/01/2013
4) Tentem não analisar o mesmo documento que outros grupos. Sejam criativos na escolha!

Links úteis:

Post da atividade realizada pelas turmas 2/2011 e 01/2012:

http://diplomaticaetipologia.blogspot.com.br/2011/10/duplicity.html

Post da atividade sobre sinais de validação e autenticidade:

http://diplomaticaetipologia.blogspot.com.br/2011/02/sinais-de-validacao-e-autenticidade.html

O post mais criativo, bonito, lindão, supimpa e merecedor de estrelinha por votação das monitoras vai ganhar de presente uma caixa de bombom na nossa primeira aula de 2013, que é pra começar o ano docinho docinho!




Aula hoje- 21/12


Colegas, informo que hoje, dia 21/12 haverá aula normal de DTD no auditório da FCI!!

Informem o conhecimento desta informação, ok?

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Héllen 


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PS: Incrível, ninguém comentou algo do tipo "aula hoje? só pode ser o fim do mundo!". Na verdade não há nenhuma surpresa. Tudo planejado e indicado em nossa agenda...
André Lopez

15 dezembro 2012

Um escândalo!

imagem retirada de: http://christiancn.blogspot.com.br/2011/08/uniao-europeia-escandalizada-com-nova.html

Pessoal, a atividade de hoje é um escândalo!
Conforme conversado em sala de aula, nós vamos analisar fraudes ou adulterações REAIS. Procurem na internet. relembrem notícias e postem no blog de vocês a situação.

Regras da atividade:

passo 1:

Cada grupo irá postar em seu blog uma situação. Lembrem-se de que a situação deve ser uma que de fato aconteceu, com exemplos de documentos que podem ter sido alterados/adulterados/fraudados/falsificados e informações suficientes para que o grupo que vai responder faça uma análise aprofundada dos fatos/documentos/situação propostos de acordo com os textos lidos.

passo 2:

Os grupos irão postar no comentário deste post, o link que deverá ser analisado por outro grupo.

Passo 3:

Os grupos devem indicar quais análises serão feitas e por quem. Evitem  dois ou mais grupos analisem o mesmo post. Combinem entre si para que a postagem para análise seja feita com antecedencia, assim todos vão ter o que responder ANTES de sexta feira. Evitem correria.

Passo 4:

Analisem a situação dada. Lembrem-se de que: a análise deve ser mais completa do que a atividade anterior, e deve conter elementos do texto que dêem fundamento às análises feitas.


Para facilitar a vida de todo mundo:

- Os membros do grupo podem e/ou devem verificar as respostas dadas e complementar as informações caso necessário.

- Procurem ao máximo realizar esta atividade ANTES do esgotamento do prazo, você e seu grupo correm o risco de não ter a quem responder.

- CASO ocorra de dois grupos responderem o mesmo post, a segunda análise OBRIGATORIAMENTE deve conter novos elementos que complementem ou contradigam a análise anterior. Caso a análise não contenha novos argumentos/idéias, a resposta será desconsiderada. 

- As situações propostas devem ser baseadas em casos reais.

O prazo para realização da atividade é até o dia 21/12/2012 às 18:59

Esta atividade é obrigatória e em grupo

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Daniella Larcher



08 dezembro 2012

Autenticidade e Veracidade - a missão.

Imagem do acervo pessoal de Daniella Larcher

Eis aqui o momento que todos esperavam: vamos conversar sobre autenticidade, veracidade e é claro: diplomática.
Com base na leitura de DURANTI 1 (Baixar da rede CID; Baixar do 4shared) e o texto da tutora Daniella Larcher (disponível AQUI)  faremos a seguinte atividade:

Todo mundo tem documentos pessoais, mas vamos descobrir os fraudadores dentro de nós. Cada um tem de inventar um exemplo de documento a ser fraudado (ou alterado, ou falsificado, ou adulterado, ou.. ou..) e nós vamos discutir como e porque esses documentos não servem para o propósito que estão sendo apresentados.  Mas para isso, precisamos voltar no tempo até o post da atividade relampago de 27/04/2012; o princípio da atividade é o mesmo: vamos criar situações em que haja menos UM documento no qual exista questões relativas à autenticidade e a veracidade.

Passos para a atividade:

1) A primeira pessoa deverá criar nos comentários do texto da tutora Daniella Larcher uma situação em que haja pelo menos UM documento no qual possamos discutir situações relativas à autenticidade e à veracidade.
2) A próxima pessoa a comentar deve responder à situação do comentário anterior e embasar sua resposta no texto de DURANTI, capitulo 1 (Baixar da rede CID; Baixar do 4shared).
3) Ao final do comentário, a pessoa deve criar um novo exemplo/situação para que o próximo aluno possa responder.
4) A terceira pessoa deve repetir os passos 2 e 3 ou seja: analisar o comentário anterior e dar um novo exemplo/situação e assim por diante...

Orientações:

- a atividade é individual e obrigatória;
- não se esqueça de indicar nome e matricula no comentário;
- indiquem qual análise estão fazendo, para não haver confusão;
- o comentário deve ser feito unicamente no post do texto da tutora
- o prazo para resposta é até dia 14/12/2012 às 18:59 h
- a análise deve ser feita de acordo com o texto, contendo elementos explicitamente.

Iremos discutir sobre o resultado da atividade em sala de aula.

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Daniella Larcher


07 dezembro 2012

Investigadores do CEDOC

imagem retirada de: http://www.brucealaninvestigations.com/




Mais uma emocionante atividade no mundo da diplomática: Investigadores do CEDOC

Com base nas perguntas dadas em sala de aula, na pesquisa efetuada no CEDOC e na discussão do que foi encontrado pelo grupo, façam uma postagem no blog respondendo as perguntas dadas.

A atividade é obrigatória e em grupo,deve ser postada no blog do grupo e deve responder as perguntas do questionário entregue.
O link para a atividade deve ser colocada nos comentários deste post até dia 14/12/2012 às 18:59h

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Daniella Larcher

Discutindo os elefantes!

imagem retirada de: http://alsibar.blogspot.com.br/2011/08/os-sete-sabios-cegos-e-o-elefante.html

 A aula de hoje foi bem divertida não é? Então vamos continuar brincando um pouco mais sobre os elefantes que encontramos. Esta atividade é optativa e deve ser feita nos comentários aqui no blog-mãe.
Com base na aula de hoje e nos textos lidos, quais as conclusões a que você (ou o grupo) chegaram sobre a visita no CEDOC?

Não se esqueçam de indicar se a atividade foi feita individualmente ou em grupo e de colocar nome e matricula das pessoas que participaram.

O prazo para resposta é até dia 14/12/2012 às 18:59h

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Daniella Larcher

02 dezembro 2012

A diplomática e a classificação

Que nota vocês dão pra esse relacionamento? Hein galera?

Pois então, nossa atividade da semana vai abordar a relação da diplomática com a classificação documental.
A leitura dessa semana é oriunda da oficina "Como Fazer", acho que a maioria já está familiarizada com os "manuais" e instruções advindas deste projeto.
Nossa leitura foi elaborada pela professora historiadora Janice Gonçalves, o manual foi escrito em 1998, nesta época os computadores e a emergência da informática no cotidiano começava a despertar alegria pela agilidade e também receio por parte daqueles que tentavam enxergar a longo prazo como seria a recuperação desta informação.
Atualmente, a maioria do setor público e do privado produz sua documentação de forma digital, os conhecidos "documentos eletrônicos". Durante o tempo foram desenvolvidos alguns quesitos para comprovar a autenticidade, veracidade e organicidade dos documentos produzidos no meio digital- chaves de segurança, códigos, metadados, sistemas apropriados.
Levando em consideração o contexto dos documentos digitais e sua possível manutenção na forma virtual, correlacione a diplomática com a classificação destes.
Alguns pontos deverão ser levantados:
1-elementos característicos dos documentos;
2- conceituação pessoal do que é um documento;
3- planos de classificação no meio digital;
4- possíveis ordenações;
5- ordenações impossíveis;
6- as questões diplomáticas acerca dos documentos digitais;
7- explicação cientificamente embasada;
Lembro-os que os sete elementos são obrigatórios, assim como citações do texto sugerido para a semana.

Trata-se de uma atividade individual e o prazo para a execução é até o dia 07/12/12 às 18h59.
Serão muito bem vistos aqueles comentários que levantarem outras bibliografias e demais críticas. Caso citem outras referências, não esqueçam de colocá-las no fim do comentário.
Concentrem-se em abordarem as soluções, e não os problemas.
Tamanho mínimo do comentário: 25 linhas, tamanho máximo 40 linhas. (as referências não contarão como linhas do comentário)
No início do comentário coloque de qual grupo você é, exemplo:
"Integrante do grupo _____________."

Certo, galera?
Abraços e boa semana!


imagem copiada do site "Estrital Contabilidade"

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Héllen


23 novembro 2012

Começando a diplomaticar!

Imagem retirada de: http://arcoirisnacozinha.blogspot.com.br/2012_10_01_archive.html

Olá pessoas!

Hoje temos muitas atividades, e todas devem ser completas até o dia 30/11/2012 até as 18:59 (ou seja: próxima aula)


Todas as atividades são obrigatórias!

Atividade 1: 

Atividade em grupo:

- Pensar em duas imagens; uma para diplomática e uma para tipologia.
As imagens devem ser preferencialmente produzidas pelo grupo

Cada grupo deve postar as imagens no próprio blog e colocar o link nos comentários deste post para a atividade.
O post deve conter as imagens e a explicação/contextualização da mesma.



Atividade 2:

Atividade em grupo

Os blogs estão prontos, no ar, lindos, bonitos, mas faltam alguns detalhes. É hora de arrumar os detalhes e dar aquela polida nos blogs de vocês.
- lembrem-se das dicas dadas no post da atividade, disponível AQUI


Atividade 3:

Atividade em grupo

Fazer uma análise do texto publicado pelo grupo Batom Bike

As análises devem ser feitas nos comentários do Blog Batom Bike. 

Atividade 4:

Atividade Individual

A atividade optativa da semana passada virou individual. Ou seja: quem não fez, tem a chance de fazer, e quem já fez pode complementar!
A atividade está disponível nesse link http://diplomaticaetipologia.blogspot.com.br/2012/11/pra-que-contexto.html

As respostas devem ser feitas nos comentários do post original.


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Daniella Larcher

22 novembro 2012

Pra quê contexto?

imagem copiada do blog liaschaf

Bom-dia, galera!! Essa será a primeira atividade individual de vocês!

Com base no texto: "CONTEXTUALIZACIÓN ARCHIVÍSTICA DE DOCUMENTOS FOTOGRÁFICOS", do professor André, vocês deverão dissertar sobre a importância de se analisar o contexto para a avaliação do teor de fotos, imagens, fotografias - entendidas como documentos de arquivo - que é nosso objeto principal.

Baseando-se no texto, disponibilizado por e-mail, vocês deverão citar exemplos, situações e importâncias do contexto para a análise.

A atividade é individual, as respostas deverão ser disponibilizadas nos comentários deste post, com a devida identificação do aluno (nome e sobrenome).

A participação é optativa, ou seja, vocês tem a faculdade de fazer ou não. Mas os que fazem, ganham pontinhos extras =)  Trata-se de  uma atividade relâmpago,

As respostas, para serem consideradas na nota, deverão ser enviadas até o dia 23/11, às 18:59, também conhecido como amanhã antes da aula!

Cuidado para não copiarem as respostas dos outros colegas, ok?

Boa-sorte!


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Héllen

10 novembro 2012

Foi dada a largada, 02/2012!




Foi dada a largada- imagem copiada em 10/11/2012



Equipe, é com grande prazer que começamos esse semestre tanto quanto conturbado devido à greve, aulas picadas por festividades e feriados.
Nós desejamos que seja muito proveitoso a todos e que todos consigam aproveitar bem as oportunidades e os conhecimentos que serão adquiridos no decorrer deste período.
Para começarmos, este post abordará os aspectos iniciais e a primeira atividade.
Os grupos deverão:
1- Criar e definir os blogs (no mesmo domínio do blog-mãe); 
2- Nomear os grupos - o mesmo dado na aula;
3- Fazer a primeira postagem do grupo;
4- Publicar o link da primeira postagem do grupo no blog-mãe (nos comentários deste post)

- Os blogs próprios devem ter gadgets para:
 *definição do grupo- nome de cada membro da equipe;
 *qual departamento/tema/área será trabalhado;
 *marcadores para atividades obrigatórias e atividades optativas;
 *link direto para o blog-mãe e a devida indicação deste;
*marcadores que, posteriormente, remetam aos blogs discentes do semestre;

- A primeira postagem do grupo deverá ser sobre qual o foco será dado ao tema no decorrer do semestre;

- É importante que as postagens tenham ilustrações com as devidas citações bibliográficas- de onde foi extraída/copiada: site, acervo pessoal (identificação de quem é o acervo).
Dicas:
>Não se prendam ao mínimo. Quanto mais completo, melhor;
>Olhem os blogs discentes dos semestres anteriores;
>A escrita, gramática, semântica e concordância serão observadas e pontuadas.

Vocês têm até às 23h59 do dia 16/11/12 para concluírem a tarefa. Não esperem para ter dúvidas no dia 16!


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Héllen 

07 novembro 2012

Material introdutório sobre arquivos




Em 6/nov foi lançado on-line o último número da revista de difusão Agenda Cultural Alma Máter, da Universidad de Antioquia, Colômbia  O periódico é destinado ao público não especializado e o número atual, "Archivos no secretos", está dedicado às questões básicas dos arquivos e é composto por 4 textos simples, com linguagem direta. 

Entre os autores destacam-se a célebre arquivista estadunidense Truddy Peterson (ver post anterior aqui)  e a renomada historiadora Arlete Farge. Complementam o volume os Professores Marta Giraldo (UdeA) sobre o hábito de arquivar e André Lopez (UnB). 

Apesar de estar em espanhol parece ser um ótimo material para disciplinas introdutórias.
  • Acesse à Alma Máter aqui.
  • Acesse ao sumário do volume "Archivos no secretos" aqui.

04 novembro 2012

Novo livro de Arquivologia


Recentemente foi lançado o livro Estudos Avançados em Arquivologia, organizado por Marta Lígia Pomim Valentim. Na opinião de Renato Sousa, o livro Estudos Avançados... "(...) é um passeio, ou melhor, um sobrevoo por questões que mexem com o coração das práticas arquivísticas. São tratados temas importantes para o que-fazer arquivístico: gestão de documentos,documentos imagéticos, avaliação, descrição, identificação e tipologia documental. Além disso, há textos que trabalham com a questão da pesquisa em arquivística, com a formação dos arquivistas e o diálogo fundamental entre as áreas que têm objetos de estudo com uma proximidade interessante. Percebe-se que os textos, apesar da diversidade de autores e de suas formações, têm uma linha em comum: buscam um aprofundamento científico no tratamento de suas temáticas. E é isso que tem feito à diferença dessa produção e é o que, acredito, impulsionará a área arquivística para outro patamar, permitindo, inclusive, a construção de novos paradigmas".

A coletânea de textos que compõem o livro Estudos Avançados em Arquivologia apresenta quinze capítulos elaborados por dezesseis autores de instituições brasileiras, espanholas e portuguesas. O primeiro capítulo trata da gestão documental em ambientes empresariais; na sequência apresenta-se a avaliação de arquivos aplicando instrumentos de medição; o terceiro capítulo enfoca a fotografia como documento de arquivo; os paradigmas arquivísticos de investigação são tratados no quarto capítulo; a documentação imagética para a constituição da memória é enfocada no quinto capítulo; na sequência apresenta-se a grounded theory como método de investigação aplicado à Arquivologia; o sétimo capítulo apresenta uma reflexão sobre a pesquisa na área de Arquivologia destacando sua evolução; a importância da descrição arquivística para o posterior acesso e recuperação de documentos é destaque do oitavo capítulo; a formação do profissional arquivista no Brasil é tema do nono capítulo; na sequência a 'identificação' é apresentada como uma metodologia de pesquisa para o campo da Arquivologia; o décimo primeiro capítulo apresenta uma reflexão sobre o diálogo existente entre a Arquivologia, a Biblioteconomia, a Museologia e a Ciência da Informação; a tipologia documental como instrumento para a seriação de documentos é tema do décimo segundo capítulo; na sequência apresenta-se a mediação da informação no âmbito da Arquivologia; o décimo quarto capítulo apresenta uma reflexão sobre a aproximação conceitual da Arquivologia com a abordagem da gestão da informação e do conhecimento; o décimo quinto e último capítulo debate a relação entre a tipologia documental e o processo decisório.

O livro está disponível em formato eletrônico (faça download aqui)  e físico (ver catálogo aqui).

26 outubro 2012

Último dia para ver exposição do Digifoto na FCI

Copiado de DigifotoWeb
A exposição "Análise da informação arquivística em documentos fotográficos", que esteve em exibição na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (ver post aqui), fez parte da programação da semana de Arquivologia da UnB e estará aberta à visitação pública até as 22:30hs de hoje no pátio da FCI/UnB. Depois, provavelmente seguirá para a Faculadade Fórtium (Brasília, DF) e depois para a UNESP (Marília, SP).

Clique na imagem para ampliar

24 outubro 2012

Eventos relacionados ao Dia do Arquivista na UnB - 5ªf 25/10

No dia 25/10, no mesmo horário, haverá apresentação de pesquisas discentes na Semana de Arquivologia da UnB. A sugestão deste blog (já que nenhuma festa começa no horário mesmo) é o comparecimento a ambos os eventos: primeiro as apresentações dos alunos no auditório da FCI, às 19hs  e, na sequência, o Sarau do Cedoc:

03 outubro 2012

Dando nome aos bois

Recortado de Wanfil
Muitas vezes, por conta de uma brincadeira didática, acabo exemplificando em aula que para que melhor possamos conhecer um animal precisamos saber suas características básicas. Assim, a resposta à indagação sobre qual animal é doméstico, tem 4 patas e cauda pode nos levar a vários bichos distintos, do mesmo modo que ocorreria se fôssemos tentar identificar um documento apenas sabendo que é de plástico, textual e com formato cartão. As corretas perguntas e o suficiente nível de detalhamento sobre os documentos farão com que a diplomática tenha maior o menor efetividade.

Após a identificação de "que bicho é?" necessitamos saber ainda, pela tipologia, "a qual função se presta no arquivo?", posto que, às vezes os documentos podem ter funções distintas daquelas administrativas, para as quais foram criados (por exemplo uma conta telefônica usada como comprovante de endereço). Na brincadeira didática, costumo acrescentar às 4 patas e à cauda duas outras características: fazer muuu e ter chifres. Após os alunos, diplomaticamente, conseguirem identificar o animal como um bovino, fica a indagação sobre a função: corte ou leite, que nos seria dada pela tipologia.

O exemplo acima é deveras esquemático e serve apenas como um recurso didático, aplicado em um contexto bem específico, no qual há uma discussão bem mais profunda sobre os conceitos envolvidos, além de exemplos verdadeiramente arquivísticos. De qualquer modo, a analogia com os animais poderia remeter aos antigos bestiários medievais, nos quais se procedia a uma descrição e qualificação extensiva de animais (reais e imaginários) de uma dada região (geralmente muito pouco conhecida). A simpaticíssima arquivista estadunidense Trudy Peterson tem um excelente, divertido (e muito preciso artigo) sobre o que seria um bestiário arquivístico na American Archivist, Vol. 54, Spring 1991.

Eu tive o privilégio de conhecê-la na IV Convención Internacional de Archivistas, em abril de 2012, no Chile e tomar contato com suas ideias sobre arquivo. Sem dúvida é uma autora que mereceria ser muito mais lida no Brasil. Leia aqui o texto apresentado por Trudy e veja aqui o respectivo power point

25 setembro 2012

Atividade Avaliativa Legislação Arquivística Ufes


Prezados alunos da disciplina Legislação sobre Guarda de Documentos do Departamento de Arquivologia da UFES. Considerando que uma das competências do profissional da informação é o uso das TICs no processo de divulgação e formação de pessoas e que todos já elaboraram sua legislação para um sistema de arquivos seguem as seguintes orientações:

ATIVIDADE: Elaborar um blog visando atender e divulgar o sistema de arquivos desenvolvido na disciplina Legislação sobre Guarda de Documentos.

Os blogs de vocês serão avaliados a partir dos seguintes critérios:
·   70% de Conteúdo: clareza, precisão e completude.
·   30% de Parte visual: usabilidade, imagens, poluição visual e atratividade.

- Os alunos deverão, no campo comment abaixo, indicar:

a) o código "LEGISLAÇÃO-UFES";
b) Nome e e-mail dos componentes do grupo (em destaque);
c) links do blog elaborado.

O PRAZO FINAL DA ATIVIDADE É 16/10/2012.
   


Fique atento para a construção do blog, palavras-chaves:
  • ·         Acessibilidade/ Usabilidade;
  • ·         Abordagem e clareza do conteúdo;
  • ·         Escolha do layout;
  •       Manter o foco na disciplina e no tema desenvolvido.
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19 setembro 2012

Arquivos e patrimônio da humanidade


"Devem os documentos e arquivos receber a categoria de patrimônio da humanidade?" 

Esta pergunta inaugurou um instigante debate na comunidade Diplomática Empresarial, da rede Linked-In, liderada por Joan Soler Jiménez, responsável pelo blog Diplomàtica.cat (ver post aqui sobre o ambiente "quase irmão" do blog DTD). A discussão tem envolvido argumentos relacionados à Declaração Universal sobre os Arquivos (ver aqui), além das distinções relacionadas às diferentes fases (ou idades) dos documentos de arquivo. 

Acompanhe o debate aqui (não precisa ter cadastro no Linked-In para isso) e não deixe de opinar (neste blog e/ou no Linked-In).

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André Lopez

29 agosto 2012

Encerramento do semestre

Copiada do Blog Síntese (29 de agosto de 2012)
Bom-dia, alunas e alunos!!
Depois de algum tempo em greve e instabilidade no calendário, voltamos para informá-los a respeito do encerramento do semestre. Até então, o encerramento oficial das atividades está marcado para o dia 12 de outubro do corrente ano. As atividades da disciplina, todavia, já foram encerradas e muitos alunos estão nos questionando a respeito das notas e menções...
Estas serão disponibilizadas a vocês próximo ao fim do semestre.
Contudo, não há o que temer ou se preocupar... O semestre foi muito produtivo para todos, os grupos conseguiram desenvolver ótimos trabalhos na coletividade e na individualidade. Foi muito gratificante para o professor e para a equipe de monitores ter tido contato com os alunos deste semestre que nos surpreenderam positivamente incalculáveis vezes, ...
Todos nós entendemos a ansiedade pelo resultado final de tanto esforço e dedicação, mas fiquem todos tranquilos que em breve vocês terão conhecimento a respeito de vossos desempenhos individuais! ;)




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Héllen Moura.

09 agosto 2012

A autenticidade vista por uma aluna de DTD

Copiado de Folha de S. Paulo
Muitas vezes erros grosseiros cometidos revelam à primeira vista falsificações quase que cômicas. A falta crassa de cultura dos falsários, somada à similar ignorância de alguns acabam por dar alguma sobrevida a esse tipo de situação antes que a mascara caia e que a imprensa seja chamada, para deleite da sociedade. Há, no entanto, alguns procedimentos adotados por diversos órgãos e instituições para prevenir esse tipo de ação evitar danos maiores às organizações, os quais comprometem a imagem, com efeitos muito mais devastadores do que o ônus financeiro em si. Daniela Larcher, trabalha como períta na análise de documentos destinados à viabilização de empréstimos bancários e apresentou uma interessante contribuição à essa tematica. 
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André Lopez


Análise de documentos
em um contexto bancário.
Daniella Larcher
(especial para o blog de Diplomática e Tipologia Documental)

A análise de documento realizada em um contexto bancário tem como base a necessidade do controle de risco por parte das instituições. Reforçada pela legislação vigente, a obtenção de crédito ou a realização de serviços bancários é primordialmente reforçada pela necessidade de comprovação continua de diversas situações. Nossos avós, ou até mesmo nossos pais se lembram de épocas em que ir ao banco e pedir um empréstimo era um processo menos burocrático, e em que o relacionamento entre o empregado no guichê do caixa e o cliente era mais pessoal.

Em 1974, os dirigentes dos bancos centrais do mundo chamado G10 se reuniram na cidade de Basiléia (Suíça) e criaram um comitê com a finalidade de regulamentar as práticas das instituições bancárias dos países membros, este comitê, embora não tenha autoridade de supervisão supranacional formal, trabalha com as autoridades de cada um dos países membros para que as propostas sejam implementadas nos sistemas financeiros de cada país. O acordo da Basiléia foi publicado em julho de 1988, com o delineamento das regras que os bancos devem seguir para o gerenciamento dos riscos de crédito e de mercado. Posteriormente, em junho de 2004 foi publicado o acordo da Basiléia II, e, em 2010, o Basiléia III.

Motivados pelo caso do Banco Barings, em que um único funcionário foi capaz de solapar uma das instituições bancárias mais tradicionais da Inglaterra levando o banco à falência em 1995 (existem até filmes sobre o caso) o comitê da Basiléia formulou em suas regras formas de controle de risco e análise documental – chamadas risco operacional - que protegem o sistema financeiro, o banco, os investidores, os empregados e quem diria: o cliente

O risco operacional foca especialmente em três elementos de risco: o erro humano, as fraudes praticadas por terceiros ou empregados e as falhas nos sistemas ou processos. Exemplos de erros que geram situações de risco são os erros de digitação, a falta de segregação de atividades, as falhas nos sistemas, extravios de documentos, falta de treinamento e descumprimento de regulamentos, entre outros. Visando cumprir o acordo da Basiléia, e tendo como foco a redução de prejuízos, os bancos instalaram a conformidade legal e normativa, que pode ter nome diferenciado em diferenciadas instituições, mas se traduz na aderência às leis, normas internas e externas e regulamentos diversos. Seu objetivo é assegurar que as atividades exercidas dentro do contexto bancário estejam de acordo com as determinações dos órgãos reguladores, sejam eles quais forem.

No Brasil, os manuais de regras dos bancos eram impressos em formato livro durante a década de 1980 e meados de 1990. Os volumes extensos e pouco fáceis de manusear em função da grande quantidade de informação contida, eram considerados quase que sagrados pelos empregados. Uma espécie de bíblia bancária, muito reverenciada e pouquíssimas vezes realmente lida. As normas atuais são disponibilizadas em forma de biblioteca eletrônica a todos os empregados para consulta. Também foram criados sistemas de acompanhamento e conformidade de processos, papéis e documentos. Estes sistemas contêm listas pré-fixadas de verificação que devem ser feitas de acordo com a operação pretendida. Sua finalidade é, de fato, verificar a qualidade do trabalho exercido nos pontos de atendimento (agências ou outros canais).

A tramitação do processo se dá de acordo com as normas estabelecidas pelo banco. Um exemplo seria a obtenção de um empréstimo por um cliente: O cliente procura o ponto de atendimento, solicita o empréstimo especificando – ou não – o destino do recurso. Comprova, através de documentação pertinente, dados como identidade, residência, capacidade de pagamento e idoneidade. Esses dados são inseridos no sistema de risco e analisados juntamente com pesquisas realizadas de forma automatizada. Esta análise do sistema é então submetida à análise da conformidade. Inserido no sistema de conformidade o dossiê passa por uma análise manual realizada por um empregado habilitado. Em termos gerais, a listagem de um processo médio tem 28 quesitos, cada quesito possui cerca de 10 a 15 itens a serem analisados. Dos sinais de validação como carimbo de empregado da instituição e assinatura, da expressão “confere com o original” aposta por empregado, até dados de capacidade legal, a análise de documentos exercida pelo responsável pela conformidade na esfera da instituição financeira é feita em minúcia. Isso requer treinamentos específicos feitos pela empresa na capacitação dos empregados em reconhecimento grafoscópico, legislação, e um extenso conhecimento das normas aplicáveis a cada situação.

A vivência dos empregados empenhados na realização da conformidade dentro do ambiente bancário é quase sempre a mesma: são empregados especializados em reconhecer padrões de adulteração que nem sempre são visíveis a quem está no atendimento dos clientes, ou envolvido por eles. A análise técnica da documentação é alheia ao relacionamento com o cliente, e isto é benéfico, ma medida que a maior parte das tentativas de fraude ocorre ainda no nível de comunicação pessoal. Os fraudadores se valem de diversas artimanhas, mas nenhuma se compara ao carisma. A análise tende a ser mais acurada por se desvencilhar dos efeitos ilusórios, do charme e de outras artimanhas dos fraudadores, porém ainda resta um forte empecilho: a análise técnica não tem acesso ao documento original, e sim a cópias fornecidas pelos empregados que realizaram o atendimento do cliente. Não há como se afirmar que o documento é falso, e sim que é suspeito – mesmo que as tentativas de forja sejam grosseiras. Um exemplo recente, que foi amplamente divulgado pela mídia, é o da identidade com a foto de um ator famoso. Um agente de conformidade poderia dizer que o documento é suspeito, mas cabe aos legisladores definir se se trata ou não de fraude, uma vez que somente quem emite um documento pode negar sua autenticidade.

Outro exemplo muito conhecido é o de numerário falso. Quando reconhecido a cédula ou moeda suspeita, a mesma deve ser recolhida e enviada ao Banco Central, órgão responsável pela Casa da Moeda Brasileira. A análise e definição de se o numerário é ou não falso só pode ser realizada pelos especialistas do Banco Central, ainda que a forja seja de má qualidade ou óbvia. Cabe ao órgão emissor a negativa de autenticidade.

O tratamento dos documentos recebidos é dificultado pela falta de padrão, dada a multiplicidade de órgãos capazes de emitir um mesmo documento, e pelos padrões variados apresentados em um mesmo documento, muitas vezes com variações oriundas das gráficas utilizadas. A CNH (Carteira Nacional de Habilitação, documento que comprova a permissão para dirigir veiculo automotor), por exemplo, pode ser emitida por diferentes órgãos: DNT, DETRANs e CONTRAN, todos os órgãos públicos relacionados ao trânsito. Embora o documento mantenha padrões de tamanho e algumas informações, existem diferenças notáveis entre um e outro como, por exemplo, a cor dos formulários, a assinatura dos responsáveis, a sequência de numeração dos documentos etc.. Conhecer essas variações evita, em primeira análise, à suspeitar de documentos que apresentam pequenas variações em relação ao padrão local e corrente, enquanto seu perigo é não prestar atenção em variações e entender que todos os documentos são legítimos. O importante, na análise documental bancária ‑ insisto em frisar ‑ é bem conhecer o documento, tendo sobre ele informações capazes de propiciar uma análise por meio de padrões informativos, geográficos e temporais.

No universo bancário, os casos de fraude, embora comuns, não são divulgados, basicamente por dois motivos. Em primeiro lugar as fraudes reconhecidas em ambiente de agência normalmente não são reportadas uma vez que o ato não chegou a ser praticado, como é o caso, por exemplo, da identidade falsa pega no guichê de caixa. Uma atitude conhecida é pedir “um minutinho” enquanto finge analisar o documento e ver o falsário fugir deixando pra trás sua prova de fraude. Esse tipo de ocorrência é bastante comum em guichês de caixa de todo o Brasil, mas não gera uma informação registrada, uma vez que a tentativa foi frustrada, sem dano para a instituição. O outro motivo é o processo burocrático pelo qual passam as tentativas que obtiveram êxito. Vale lembrar que, no Brasil, há grandes bancos públicos, o que caracteriza a subtração de numerário como crime contra o erário publico, desembocando em um processo de apuração de responsabilidades de acordo com a legislação administrativa. Quando finalizado, a Policia Federal e a Justiça são notificadas. A quantidade de burocracia envolvida é variável de acordo com o delito. Ainda há outros problemas no levantamento sistemático da ocorrência de fraudes (e tentativa de fraudes) como: a extensão da rede de atendimento, a vergonha dos empregados em assumirem que foram ludibriados, além do próprio interesse institucional em não causar alarde a respeito de tais situações, evitando a insegurança dos funcionários e mantendo íntegra a imagem das instituições bancárias perante a sociedade.

06 julho 2012

Criatividade discente!

Copiado de Laboratório de Biologia Molecular e Sequenciamento
O projeto do uso de blogs para a disciplina de Diplomática e Tipologia Documental completou hoje o final de seu 7º semestre letivo. Muitas inovações e um aprendizado constante se verificaram ao longo dos 38 meses de existência deste blog e parte da experiência foi relatada/discutida/analisada em artigos, congressos e palestras. 

Até o momento, a despeito de haver uma melhora quantificada no desempenho discente, os trabalhos finais limitavam-se, salvo algumas exceções, a cumprirem, reativamente, as exigências do professor quanto ao que deveria ser elaborado. A turma atual superou, em termos gerais, todas as expectativas quanto à elaboração do trabalho final, não apenas em termos de conteúdo --muitos grupos, para melhor dar conta do que foi proposto, foram muito além das exigências mínimas da atividade-- e de formato de apresentação, que neste semestre apresenta uma grande diversidade de TICs. Afinal, se, com o blog, estamos inovando na comunicação, no material didático, nos instrumentos de avaliação etc. por que não inovar também em termos da configuração formal do trabalho final?

Os grupos atuais demonstraram bastante criatividade e buscaram atingir os objetivos do trabalho final, buscando escolher uma solução inovadora de TIC para sua apresentação/formalização. Vale à pena ver os trabalhos finais da turma 1/2012 nos seguintes blogs:


André Lopez

25 junho 2012

O fim da ABARQ???



Pessoal, na última assembleia da ABARQ, além de 4 diretores, estavam presentes apenas a Profa. Darcilene e eu. Um dos pontos discutidos foi como efetivar a EXTINÇÃO da associação, já que não há pessoas dispostas a assumir uma nova gestão. Para SER e ESTAR arquivista é necessário que as pessoas assumam responsabilidades e se disponham a ajudar a construir a história de uma associação de bastante prestígio na história da Arquivologia nacional. A solidificação do campo institucional necessita de uma Abarq forte e plural. Compareçam e participem!

Hoje à noite (2ªf) no CEDOC/UNB.

23 junho 2012

Orientações para o trabalho final

Copiada do crônica net

Pois é pessoal, nossa jornada de diplomática está acabando!! Espero que os conhecimentos do semestre e da disciplina tenham sido muito proveitoso para todos e que vocês tenham aprendido muito!..
Por fim, resta somente a prova e o trabalho final. Para que vocês tenham sucesso, com muita criatividade e competência, segue as orientações (lembrem-se que o resultado é virtual e, portanto, supõe-se adaptação dos elementos tradicionalmente usados em um documento físico):

-Elementos mínimos para o trabalho escrito:
  • Capa:
  1. identificação do grupo(nome e matrícula dos integrantes);
  2. URL do blog do grupo;
  3. nome do blog;
  4. semestre;
  5. nome da disciplina;
  6. nome do professor;
  7. identificação da instituição;
  8. designação do trabalho ("o que é?");
  9. identificação do que foi feito (da análise, do documento em si);
  10. título do trabalho (*novo*).
  •  Sumário:
  1. partes, tópicos e respectivas localizações.
  • Proposta do grupo:
  1. explicitar qual a proposta do grupo (aqui explica-se o limite do trabalho).
  • Discussão conceitual:
  1. aborda-se o que será levantado, qual o referencial teórico.
  • Conteúdo:
  1. contexto do documento;
  2. analisar e/ou sugerir alterações no processo;
  3. apresentar as normas (regulamentos em geral) para o processo;
  4. fazer a análise diplomática (caracterísiticas) e tipológica (com base na classificação- situação do documento no ponto de vista da Universidade, a função a qual ela corresponde).
  • Fim:
  1. discussão do resultado;
  2. indicar como esse trabalho e a ideia desenvolvida podem ajudar no estudo dos documentos contemporâneos;
  3. referências bibliográficas (citadas no decorrer do trabalho);
  4. referências blogográficas  (citadas no decorrer do trabalho).
-Para a apresentação:
  • a avaliação será feita ao grupo, e não individualmente;
  • cada grupo terá de 5 a 10 minutos para sustentar as ideias propostas;
  • deverá haver, dentro do tempo destinado a cada apresentação, espaço para questionamentos, dúvidas e observações dos outros colegas e do professor;
  • os grupos deverão entregar para todos presentes em sala um roteiro do que está sendo apresentado - síntese da apresentação, URL e nome do blog (no MÁXIMO 01 página);
  • é aconselhável que vocês se inspirem nos blogs anteriores e observem erros e acertos cometidos por eles;
  • após a apresentação será feita análise crítica do blog  de cada equipe.

Se houver dúvida, explicite-a!
__________________
Héllen Moura

20 junho 2012

Afinal somos uma "Ciência da Informação", ou uma "Ciência Documentária"?

Copiado de Jornale
Muito se discute sobre a precedência ou não do suporte para a existência de documentos arquivísticos autênticos e capazes de exercer o valor probatório, responsável pela criação deles. A discussão que impõe uma reflexão mais acurada sobre o espaço disciplinar dos arquivos na Ciência da Informação já foi objeto de debate neste blog como pode ser visto do post de Kenji Inazawa e na enorme quantidade de comentários discentes ali colocados. Em um limite extremo poderíamos dizer que a queima de livros tidos como não necessários, ou porque desagradam ao poder, ou porque são supérfluos, já que estão "nas nuvens" (ou seria "no mundo da Lua?") equivaleria a querer ter arquivos sem acervos físicos, somente com dados eletrônicos? A discussão que já deu margem a muitas teses volta hoje à tona com a temática da computação em nuvens e com o abandono do suporte impulsionado, sobretudo, pela recente febre dos e-books. Veja, por exemplo, as diretrizes dos Arquivos Nacionais da Austrálida sobre gestão documental nas núvens (disponível aqui). Taiguara Vilela, em contribuição especial para este blog, compartilha algumas ideias iniciais suas sobre o tema.



Arquivologia pós-custodial

Taiguara Vilela
(professor de Arquivologia da UFES)
O “pós-custodial” perpetua o conceito de pós-custódia do australiano Peter Scott da década de 90. Essa proposta decorreu da noção de que, em um ambiente digital, os arquivos não teriam mais que assumir a custódia física dos documentos para desempenhar suas funções. Esta noção é correspondente ao “senso comum” de que os documentos digitais estão nas “nuvens”, quando de fato o suporte eletrônico – que não é novo existindo desde a década de 40 do século passado a partir do desenvolvimento do “Electronic Numerical Integrator and Computer” – é obviamente dotado de materialidade física onde os arquivos eletrônicos, aos quais se observa inexistência de acondicionamento, sempre dependem e dependerão de armazenamento em hardware, seja na máquina do usuário ou em outras máquinas rede via web. Tratou-se, portanto, de uma idéia nascida na década de 90 do século passado, época de popularização dos computadores, e foi baseada no desconhecimento tecnológico sobre como os arquivos eletrônicos são armazenados em disco rígido ou outros suportes, e no desentendimento de como são regidos por uma lógica binária e matemática de forma que sua visualização é simulacro que em nada altera sua materialidade – ou seja, não “retira” o arquivo do mundo físico, como se tal coisa fosse possível e aceitável ao crivo científico materialista que rejeita qualquer fenômeno paranormal de “desmaterialização”. Os próprios australianos que inventaram esta noção abandonaram oficialmente a idéia equivocada da pós-custódia em experiências no Arquivo Nacional Australiano, segundo Stuckey. (Para um aprofundamento ver: ERLANDSON, ALF. Eletronic records management: a literature review. Paris, International Council on Archives, 1997).
O retorno do “pós-custodialismo” como um novo paradigma: Se o pesquisador não for capaz de compreender que a ciência, enquanto conhecimento, é multipradigmática pode sobrepor ou substituir um paradigma por outro. Para ilustrar: uma perspectiva gnosiológica empirista centrada em estruturas poderia parecer aos olhos de outras áreas somente explicativas que seu paradigma deixa de lado aspectos relevantes de fundamentação epistemológica, entretanto, a relevância e o enfoque podem diferir dentro de uma mesma ciência e assim se formam correntes de pensamento distintas. Apesar de ser pupilo do neopositivista Karl Popper, foi a partir do estruturalista Ferdinand de Saussure, o primeiro a popularizar a noção de associações paradigmáticas, que Thomas Kuhn retirou sua base para escrever “Estrutura das Revoluções Científicas” – livro pelo qual ficou conhecido. O próprio mestre de Kuhn o rejeitou em termos teóricos, o renomado Sir Karl Popper, possui uma teoria do Conhecimento Objetivo (Cf MIRANDA, 2002) interessante para comunidade científica no que tange a relação entre o ciclo de dados objetivos, informação e conhecimento científico. Somando a teoria popperiana da objetividade, há de se atentar com cuidado aos Doutores Lakatos e Musrave que demonstram uma falha básica na noção kuhniana de “paradigma”: desconheceu que as ciências são multiparadigmáticas e este equívoco primário levou a uniformidade e “pasteurização” do seu conceito com amarras sociológicas que não levaram em conta diferentes paradigmas conviventes e válidos, gnosiologias, ontologías e epistemologías na mesma ciência. (Para um aprofundamento ver: LAKATOS, MUSGRAVE Criticism and the Growth of Knowledge. Cambridge: Cambridge University Press. 1970)
Referencia citada: MIRANDA, Antonio. “A Ciência da Informação e Teoria do Conhecimento. Objetivo: um relacionamento necessário”. In Campo da Ciência da Informação: gênese, conexões e especificidades. João Pessoa: Editora da UFPb, 2002.


Proposta de atividade: pensar como ficariam os arquivos-foco do blog de seu grupo em uma proposta pós-custodial.

Atividade optativa para os alunos da UnB, a ser realizada até às 18:59hs do dia 06/julho/2012 para valer pontos para o presente semestre. Para os demais interessados não há prazo final.


André Lopez

13 junho 2012

Diplomática da greve

Copiado de Folha do Sertão
A atual greve das IFES, no âmbito da UnB, traz no seu desenvolvimento alguns elementos que a diferenciam de movimentos ocorridos no passado:
  • A motivação não é por simples aumento salarial, porém pela estruturação da carreira funcional (que refletirá, por certo, nos contra-cheques); ou seja a negociação é mais abrangente e não poderá ser traduzida em termos de ajustes numéricos e percentuais, coisa que o governo não está habituado a fazer.
  • A adesão nacional tem sido bastante significativa e efetiva.
  • A imprensa local tem reconhecido a justeza das reivindicações e soltado notas favoráveis ao movimento (veja post aqui sobre isso).
  • O Diretório Central dos Estudantes se manifestou contrário ao movimento grevista (cf. nota divulgada em 21/05).
  • Segmentos da UnB desfavoráveis à greve chegaram a se manisfestar contra o movimento alegando que é hora de "apoiar o governo" (sic) (cf. carta da Prof. Ana Valente divulgada pela Adunb em 18/05).
  • O Conselho de Pesquisa e Ensino e Extensão (CEPE) da UnB, supostamente, reconheceu a greve e garantiu a reposição dos dias parados (cf. nota no portal da UnB em 31/05).
A decisão do CEPE e a correspondente divulgação pelo veículo oficial da instituição teve efeito catalizador quase que imediato com os professores que ainda estavam decidindo quanto à adesão ao movimento. Pela leitura da nota da Secretaria de Comunicação (Secom), nada valeria um professor continuar com suas atividades de sala de aula, posto que qualquer aluno que se sentisse prejudicado por algum fato ocorrido (fata, atividade avaliativa etc.) em sala durante o período da greve teria direito à reposição integral da atividade sem ônus retroativo. Muitos colegas se sentiram impingidos à paralisar as aulas para não serem obrigados a duplicar esforços. 

É importante frisar que uma, suposta, reposição forçada das aulas poderá esbarrar em questões trabalhistas importantes relacionadas às férias dos docentes, posto que o Decanato de Gestão de Pessoas (DGP) não tem permitido o acúmulo de férias vencidas e não usufruídas. Como (ainda de acordo com a nota da Secom de 31/05) a paralisação restringe-se às aulas é lícito supor que TODOS os professores que estão no regime de Dedicação Exclusiva continuam com as demais atividades que desempenham no âmbito da UnB: pesquisa, extensão, orientação e, em alguns casos, administração e terão direito às férias anuais regulamentares. Posso garantir que alguns colegas, mesmo sem ter dado aulas desde a divulgação da nota da Secom, têm desenvolvido todas as demais atividades extrema dedicação e deverão, salvo orientação contrária do DGP, ter que iniciar o usufruto das de férias em algum momento antes de 31/dez deste ano (dependendo do caso elas podem se estender até 13/fev/2013). Isso significa que um eventual ajuste de calendário (para o período 01/2012 e/ou 02/2012) estará comprometido, pois, 
  • ou o professor entra em sala de aula estando em férias (o que é ilegal, mas que ocorreu com vários colegas em jan/2011), 
  • ou as aulas previstas para aquele período não serão efetivamente dadas (o que também é ilegal), 
  • ou o DGP permite o acúmulo de férias, ou a venda de parte delas, para muitos docentes (o que é legal, porém não praticado pela instituição), 
  • ou a UnB contratará professores substitutos para os meses de férias dos docentes (além de não ser prática aplicada aqui, a qualidade das aulas, sem dúvida, iria para o ralo).

A mencionada nota da Secon causou em muitos colegas a falsa impressão de que o calendário acadêmico fora suspenso, o que não é verdade, posto que a única coisa suspensa é a data final do mesmo. Isso significa que, legalmente, até o momento, todas as datas previstas no calendário, (à exceção do término) continuam válidas. A nota da Secon, serviu para agradar aos segmentos favoráveis à greve (aspecto importante em um ano de eleições para a Reitoria) sem comprometer, do ponto de vista jurídico, a administração da UnB com a paralisação das aulas (aspecto importante em um ano de eleições regionais nacionais).

Qualquer aluno da disciplina "Diplomática e Tipologia Documental" do curso de Arquivologia da UnB sabe o bê-a-bá das relações existentes entre as decisões administrativas e os documentos normativos que formalizam tais decisões. O documento final, aquele com plenas condições de provocar ações administrativas (Cf. DURANTI, 1986), não é a nota da Secon e nem a ata da reunião do CEPE, porém o documento normativo feito a partir daquele evento, no caso, uma RESOLUÇÃO. 

A Resolução 138/2012, de 01/jun não normatiza absolutamente nada em relação à reposição de aulas ou a supostos direitos que os alunos teriam de recorrer de notas e faltas relativas ao período da greve. A resolução tem apenas dois tópicos: 
  • um que reconhece o movimento grevista (NÃO reconhece, portanto, estado de greve) e deixa a data final do calendário acadêmico em aberto;
  • outro que cria uma comissão para acompanhamento da qualidade de ensino durante o período da greve (mais um indicativo que que as atividades de ensino continuam durante a greve, pois há algo a ser acompanhado).
Longe de impulsionar o movimento grevista a mencionada resolução ampara os professores que optarem por dar continuidade às aulas, não assegurando aos alunos faltosos nenhum direito quanto à reposição de aulas já dadas. Pela mesma base normativa, todas as atividades avaliativas aplicadas no período poderão ser computadas, de acordo com o já estabelecido no plano de ensino, não estando o docente obrigado a reaplicação das mesmas. A Resolução 138/2012 não apenas garante a continuidade das aulas como também estabelece mecanismo para o acompanhamento da qualidade das mesmas, conforme disposto no seu artigo 2º.

A análise diplomática é capaz de expor as divergências entre o discurso e a prática efetiva, entre a leitura que se tentou estimular no portal da Secom e a atitude efetiva, expressa no documento normativo. 

As aulas previstas para esta semana estão mantidas. Na ocasião conversaremos abertamente sobre nossas atividades durante a greve, buscando uma solução coletiva (professor-alunos) para o momento atual. Isso significa que:
  • a aula de Diplomática e Tipologia Documental, para a graduação está mantida para esta 6ªf, 15/06 no CEDOC/UnB, às 19hs.;
  • a aula de Metodologia para a pós-graduação está mantida para esta 5ªf, 14/06, às 14hs na FCI;
  • todas as atividades avaliativas solicitadas até lá deverão estar concluídas.


Proposta de atividade optativa surpresa:
  • Compare os documentos mencionados aqui (a notícia da Secon e a Resolução 138/2012) e discorra sobre a questão da veracidade, tendo em vista os princípios da Diplomática. 
    Prazo: 15/06 às 18:59hs
    Atividade individual a ser postada nos comments do presente post


Veja post aqui sobre a greve atual
Veja aqui relação de posts anteriores sobre a UnB.


André Lopez

01 junho 2012

Próximas atividades

inscrições gratuitas
http://terraumplanetamulher.org/       (55)61/3225 0248

Conforme combinado e em função da suspensão do calendário acadêmico pelo CEPE/UNB. Não tivemos, formalmente aulas desde o dia 21/05. A suspensão das calendário acadêmico não paralisa, em princípio, as demais atividades de UnB. No meu caso, pesquisa, extensão e orientação, atuando nos três pilares da universidade. As discussões do curso de Diplomática e Tipologia Documental para a graduação em Arquivologia ocorrerão normalmente, como atividades optativas, para as quais estão todos convidados (inclusive não alunos da disciplina). Ou seja, ninguém está obrigado a fazê-las e nem poderá ser penalizado por não cumpri-lias. Entretanto, aqueles que as fizerem poderão ser bonificados, conforme a qualidade demonstrada, quando do retorno à normalidade das aulas. 

A "aula-convite" consiste em comparecer e participar do debate da mesa 04 do Encontro Latino Americano de Mulheres, sobre "Acesso à informação, sustentabilidade e relações de gênero" e elaborar pequena reflexão livre sobre a temática, sob a ótica da Arquivologia, problematizando questões específicas relacionadas à diplomática e à tipologia (em especial as questões cotidianas). A referida mesa está agendada para 4ªf, dia 06 pela manhã. As reflexões deverão sintéticas,  públicas e colocadas no campo comment.

Aqueles que não puderem comparecer deverão realizar a mesma atividade tendo como base apenas o material de referência disponibilizado pelas debatedoras e pela organização da mesa (ver página aqui). Há possibilidade de transmissão via web, porém ainda não há confirmação sobre isso.

Também é recomendável que, se possível, assistam ao evento todo, que será do dia 04 ao 06 de junho, manhã e tarde, aqui na Fio Cruz da UnB, próxima aos fundos do Hospital Universitário. A coordenação do evento recomenda fortemente que seja feita inscrição prévia em http://terraumplanetamulher.org/inscreva-se/. Por favor indique aqui se houver algum problema quanto a inscrição on-line.

A presença de todos é muito importante. Não deixem de comparecer!