16 maio 2011

Diplomática e classificação

Copiado de EUSG Documentary Center
A atividade de leitura da semana, conforme indicado em aula, consiste em comparar 3 perspectivas de análise e classificação documental: o modelos de tipologia de Mariano García, o dos partidos políticos e a classificação proposta pelo Conarq.
É necessário buscar a compreensão das características de cada modelo. A atividade consiste em indicar, individualmente, nos comments deste post
  • 1 semelhança e 1 diferença relativa aos 3 modelos, não sendo aceitas repetições;
  • 1 resumo de algum comment de post anterior sobre o assunto que julgue interessante, não valendo repetição.
O prazo para a atividade é, as usual, 18h59 do dia 20/05, 6ºf

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André

33 comentários:

  1. Carina Pradera

    Não sei se está correto ao certo, mas... let’s go:

    Semelhanças:

    Entre os 3 modelos notifica-se a importância de uma classificação funcional dos documentos, constituindo sua base nas atividades que tais foram norteadas.

    Diferenças:

    Mariano Ruipérez – busca dentre a classificação o conhecimento de todo o trâmite documental desde antigamente para compreendê-lo melhor e delimitar tanto sua função como atividade.
    André – Partidos Politicos – Preocupação maior com as funções desempenhadas pelas atividades de cada nível abordado e suas determinadas espécies, dando atenção a hierarquia.
    Resolução 14 CONARQ – Abranger toda a documentação em assuntos distintos, preocupando-se primeiramente com as CLASSES que serão feitas e depois com toda o documento especifico, diferentemente do André e Ruipérez que buscam o documento para então gerar as séries.

    Um assunto que me chamou muita atenção é a importância para as funções desempenhadas pelas espécies e as séries consequetemente depois geradas. Conforme visto em sala de aula, quando se delimita, estuda e avalia tanto o trâmite documental de uma instituição como suas determinadas funções, consegue-se uma maior precisão na classificação e analise de tais documentos. É imprescindível tomar conhecimento de como, onde , e porque tal documentação foi produzida considerando tanto seus caracteres internos como externos.

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  2. No conarq a organização do acervo se dá com base nos assuntos, não considerando o trâmite arquivística e nem a indentificação do documento, sendo bastante abrangente uma vez que visa uma padronização da classificação das atividades-meio dos orgãos e entidades integrantes do SINAR.

    Na Tipologia Documental dos Partidos Políticos, além de se considerar a função e a espécie-tipologia documental, também é levado em conta os formatos dos documentos, o alcance (externo ou interno), e o nível dos documentos, visto que um partido político possui uma hierarquia que se divide em três níveis- cúpula, coordenação e base, correspontes as jurisdições nacional, territorial e local.

    O modelo de Mariano Garcia já é mais trabalhado, e considera dentre outras coisas, as séries documentais relacionadas ao documento analisado, o trâmite para expedição e vigência, e as legislações aplicáveis.

    Em comum á o fato de todos levarem em conta o produtor do documento, seja o setor ou classe no caso CONARQ, o organismo nos Partidos Políticos, e os agentes responsáveis e pela emissão dos passaportes, no caso do Ruipéres.

    Quanto ao segundo tópico da atividade, o comentário do Pedro Davi no post “Vai Encarar?” foi bastante interessante, ele apontou os problemas da clssificação do CONARQ, e colocou algumas formas para se melhorar, como uma alteração no código em que se pudesse determinar a espécie documental.

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  3. Semelhanças:
    Todas as três propostas partem do fundo documental (princípio da proveniência) para propor a classificação dos documentos de arquivo.

    Diferenças:
    Tanto o trabalho do Prof. André quanto o texto de Ruipérez sobre passaportes o conceito de tipologia documental é ampliado, bem como o de série documental. No caso do CONARQ as séries documentais são fixas e as espécies documentais são “encaixadas” no padrão pré-estabelecido.
    Usando o exemplo dado na aula de 13.05.2011, o plano de classificação do CONARQ visa criar um padrão que se aplique a todos os documentos da área meio da administração pública, já a proposta do Prof. André apresenta a idéia de que o plano de classificação é criado tipologicamente, ou seja, de acordo com o contexto de cada arquivo e dos fundos nele inseridos.

    Um comment antigo que achei pertinente as idéias apresentadas foi feito pela Flávia Ataide no post “Vai encarar?”. Como o comentário é sucinto, reproduzo uma parte dele a seguir:
    “Acredito que o método de codificação do plano de classificação deve ser a última coisa a ser pensada no plano de classificação. Assim, ele se adequa ao plano e não o plano a ele. Outra coisa é que ao se elaborar um plano de classificação deve-se fazê-lo do documento para a classe que ele representa e vice-versa.”

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  4. Como semelhança podemos apontar que as três propostas de classificação buscam partir de análises que vão do geral para o particular. O código do Conarq busca analisar primeiramente as funções gerais e a partir delas hierarquizar funções mais específicas e com isso formar subclasses e novos grupos que estão diretamente ligados a este contexto mais geral. Na análise de Ruipérez essa característica pode ser percebida na forma como propõe sua estrutura de análise, ao colocar em primeiro plano características mais gerais dos documentos até que se possa chegar a uma análise funcional mais detalhada. Já López parte dos fundos documentais e a posteriori busca analisar os organismos que o compõem, para que a partir daí possa traçar uma melhor análise tipológica dos documentos.
    No plano de classificação do Conarq, ao contrário do que se observa nas análises de López e Ruipérez as espécies não são amparadas por sua proposta de classificação. O código que prever apenas uma classificação por assunto, não prover nenhuma especificação para a forma de classificação e acondicionamento dos documentos de acordo com a espécie que possuem.
    É importante destacar que a proposta de López para a classificação dos documentos dos partidos políticos vai além, pois traça uma interessante relação entre a espécie e as funções administrativas, assim como com o nível que estas ocupam dentro das instituições, o que abre espaço para a visualização não apenas da forma como elas se organizam assim como uma interligação entre atividades que desenvolvem e documentos que produzem.
    O plano do Conarq também falha na forma como estrutura os assuntos nos quais serão classificados os documentos, pois ao contrário das outras duas propostas, deixa muitas entrelinhas, já que não existe uma maior descrição desses assuntos e muitos assuntos não são contemplados o que leva a classificação de muitos documentos como sendo “diversos” e consequentemente a organicidade de muitos fundos pode se apresentar de forma muito fragmentada. Além disso, a forma como serão organizados os documentos não definirá claramente as rotinas administrativas e nem tão pouco facilitará o acesso e a recuperação posterior dessa documentação.
    Aproveito parte das observações realizadas pelo aluno Matheus Brito para concluir minhas críticas ao plano de classificação do Conarq:
    “O plano do CONARQ para mim é falho em alguns pontos, já citados aqui:
    .Somente 10 classes;
    . Códigos EXTREMAMENTE ambíguos, você pode classificar um doc. em pelo menos 3 códigos diferentes, que ainda assim parecerão que estão no lugar certo, isso é a classificação por assunto”.

    Postado no dia 28/05/2010 no tópico VAI ENCARAR?

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  5. Bom, após ler e analisar os três textos apresentados pude notar como a principal semelhança o fato de que todos os textos apresentam modelos de plano de classificação.

    A diferença é explicitada é que LOPEZ apresenta em seu texto uma proposta mais abrangente que se inicializa com um estudo da instituição através de coleta de dados e montagem de um plano geral para somente depois ser apresentado o plano de classificação propriamente dito.Já no texto de Ruipérez e a tabela do CONARQ apresentam modelos mais definidos como um padrão a ser seguido e não como um plano proposto para a instituição específica.

    Quanto aos posts a serem comentados eu achei pertinente o que a Priscila Taíssa comentou quanto ao vício de recorrer quase sempre ao conarq, desde dos nossos estágios ate a formatura é comum vermos a aplicação do plano de classificação do conarq como principal forma de classificação e não como um modelo a ser seguido para a criação de um plano adaptado à instituição.É necessário uma valorização do trâmite do documento para entendermos sua organicidade e aplicarmos uma classificação correta e sem tantas falhas como vemos todos os dias.
    Vanessa Wenzel 09/0014651

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  6. De maneira geral a semelhança que vejo entre três propostas é que elas buscam classificar documentos através da analise da documentação traçando grupos e subgrupos documentais a partir da tipologia dos mesmos e das funções para os quais foram criados.
    O plano de classificação do Conarq se diferencia dos demais porque ele é bastante geral, fazendo com que muitas vezes haja dupla classificação ou até mesmo divergências na mesma. A classificação por assunto do Conarq também não especifica claramente as classes e não disponibiliza maiores informações sobre elas, deixando a desejar neste aspecto.
    O Modelo de Ruiperez é bem completo, sua classificação se baseia nas características dos documentos e na análise criteriosa dos mesmos.
    Lopez por sua vez tem em seu texto é mais abrangente. A começar pelo estudo do órgão ou instituição e de suas tarefas administrativas para daí então proceder com o plano de classificação, desta forma é mais fácil visualizar a hierarquização dos arquivos e a quais series eles possivelmente vão pertencer.
    Um comentário que me chamou atenção foi o de da Thais no post “Vai encarar”, nele ela fala sobre o mal do estagio que é viciar todos os estudantes no planos de classificação do Conarq, e fala que esse vicio pode muitas vezes fazer com que esqueçamos dos princípios da arquivologia e isso poderia comprometer nossa capacidade de classificar um documento. Ela também dá ênfase à organicidade documental como ferramenta ideal para entender a classificação de documentos.

    Por: Fabiola Alves Teixeira

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  7. Julianna Sousa Santos



    Diferenças: Conarq – coloca a função como algo tão abrangente que que uma só serve para várias atividades, não possui detalhamento;
    Lopez – discorre sobre a diferenciação entre as atividades meio e fim, de forma a analisar suas características: internas e externas; e
    Ruiperez – dá mais valor ao trâmite dos documentos como sendo o que define sua função.

    Semelhança:
    Todos os textos expõem uma preocupação na identificação da relação dos documentos à função que o gerou, isso só é possível através de uma análise tipológica.

    O post que mais me chamou a atenção foi o “Vai encarar” onde o professor André propõe que os alunos sugiram uma nova forma de pensar sobre o Conar. A discussão dos alunos sobre o “vício” do plano do Conarq me chamou a atenção porque é extamente assim que acontece. E comecei a perceber de forma mais clara o quanto a classificação dos documentos influencia diretamente em seus trâmites.

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Os textos de Mariano Ruipérez, López e a Resolução nº14 do Conarq possuem como semelhança a preocupação em identificar o produtor documental, bem como a relação em que a unidade documental possue com os outros documentos e com as atividades geradoras dos mesmos.
    Quanto à diferença, podemos ressaltar o que se configura um dos problemas apontados por muitos que utilizam o Plano de classificação do Conarq, que é o fato deste utilizar como critério em sua classificação o assunto do documento; objetiva com isso “agrupar documentos sob um mesmo tema”. O problema de ser utilizado tal critério é que um documento pode conter mais de um assunto, podendo ser classificado em um ou mais códigos, o que se configura como um problema quando da recuperação daquelas informações. Ruipérez baseia a sua classificação na observância do documento em si, em suas características, tanto internas quanto externas, bem como o trâmite documental – item necessário para considerar o documento como autêntico. López também considera os caracteres dos documentos – análise tipológica – bem como as suas funções e utiliza tais elementos como itens estruturadores do plano que propora em seu texto. Utiliza-se, então, da função do documento, dispostas hierarquicamente, e das espécies existentes no acervo, também dispostas hierarquicamente.
    Um comment de post que julgo interessante, considerando as abordagens que fiz, foi o da Kiane, no post “Relações entre classificação e tipologia documental”, que, embora haja outro texto como referente, aborda a questão do relacionamento das espécies com as funções dos documentos, e também a questão do trâmite como item primordial para se entender o documento, seu valor e funções que desempenhou na instituição.

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  10. A semelhança entre as três propostas é que todos os estudiosos reconhecem a necessidade do tratamento na concepção do documento assim como o estudo do seu trâmite, permitindo assim a elaboração de planos de classificação e tabelas de temporalidade. A semelhança mais aparente é quanto à função.
    Diferenças
    O modelo de CONARQ é muito “basicão” e dá margem a várias interpretações, tornando-se ineficiente e muito criticado, além de servir apenas para a área meio. LOPEZ traz a proposta de uma classificação funcional, e analisa as características internas e externas dos documentos. RUIPÉREZ trata o trâmite documental como questão essencial na análise e classificação
    Um comment que eu julguei interessante e diferenciado dos outros que eu li é o da aluna Luanna, reproduzido aqui: “Os três são propostas, em distintas realidades, para a solução de problemas advindos da inexistência de normatização e/ou de procedimentos técnicos na organização de arquivos. São iniciativas que servem de modelo para a análise e para a organização de conjuntos documentais.”

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  11. Após a leitura dos três textos propostos, a principal semelhança que pude identificar é que os três trabalham sobre a importância da criação do plano de classificação, mesmo que cada um esteja abrangendo uma esfera diferenciada do outro. Em todos os casos também pode-se observar a importância atribuída a análise tipológica dos documentos, que fomenta uma classificação de acordo com as funções/atribuições destes.

    As diferenças:
    Ruipérez: sugere-se uma tentativa de inserção do documento no âmbito das atividades desenvolvidas pela entidade produtora, relacionando o documento ao seu tramite e a temas abordados.
    Partidos políticos: a análise proposta, está restrita a este tema, e deve partir da organização de forma hierárquica dos documentos, para posteriormente ser realizada um análise tipológica dos mesmos. A relação com as funções é mais estrita, por haver a definição da ligação deste com a função sob a qual ele foi criado.
    CONARQ: o texto proposto, dentre os três é o mais vago, no sentido de que por vezes, o código proposto é bastante limitado, além de ser ambíguo em vários casos por exprimir uma classificação relacionada mais estritamente como o assunto do documento.

    Quanto ao comentário de post mais interessante, gostaria antes de dar a resposta, frizar que o post indicado neste (Motivação), abordou bem a temática dos planos de classificação propostos por organizações diversas. Os comentários feitos no post, de forma geral, englobaram a questão das limitações da proposta de classificação do CONARQ e a necessidade de enquadramento (incluindo alterações, obviamente), para atender a real demanda de cada instituição.
    Dito isto, gostaria de citar o comentário da colega Marina Lopes. Ela, como os demais, reconhece a defasagem da proposta do CONARQ, a acomodação dos profissionais da área e a necessidade da flexibilidade de adequação para diversas realidades. Além disto, ela conclui dizendo que seria interessante incorporar à proposta do CONARQ questões como o trâmite e a padronização das tipologias, que auxiliaria na diminuição das subjetividades do plano de classificação.


    Nayara Alves de Lima - 09/0030125

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  12. Após a leitura dos textos e posteriores comparações, é possível perceber uma série de semelhanças e diferenças na relação entre tipologia documental e a classificação, bem como a produção de espécies documentais, submetidas ou não a uma análise tipológica dentro de suas respectivas funções. A tipologia documental é um elemento fundamental, pois contextualiza o documento e preserva sua organicidade.

    O CONARQ possui uma série de limitações em sua estruturação, tornando a codificação por assunto muitas vezes vaga e imprecisa. Essa estrutura decimal muitas vezes interfere no processo de classificação, pois se limita em apenas 10 classes. No modelo do CONARQ não há identificação do documento, não há estudo das funções e nem é levado em conta à questão do trâmite. A ausência dessas informações gera uma série de ambigüidades e, muitas vezes não contemplam alguns assuntos ou geram duplicidade na interpretação. A intenção da tabela da área meio do CONARQ é servir como padrão para os diversos órgãos da administração pública, porém para que a classificação seja efetiva é preciso de detalhamentos e conhecimentos específicos do órgão.

    O professor André, em seu texto permite entender a contextualização do documento e o funcionamento das suas instituições, no caso, os partidos políticos, pois a abordagem é baseada na classificação funcional, onde se leva em conta a espécie e a função. O professor André leva em consideração tópicos importantes como púbico-alvo, produtor, conteúdo, função e objetivo (fatores internos). Fatores externos também são levados em conta como formato, gênero e suporte. A abordagem do estudo tipológico como ferramenta de organização para facilidade de uso bem como o uso do arranjo estrutural, levando em consideração a hierarquização dos documentos referentes a partidos políticos.

    O Texto de Ruiperez já faz uma análise criteriosa, específica, levando em conta o trâmite do documento, que para ser entendido é preciso entender a atividade geradora do documento. Mariano Garcia também leva em consideração a legislação, com uma idéia de padrão a ser seguido, como um modelo mais definido.

    Os três textos analisam a função e a atividade que gerou o documento. Os textos são propostas de modelos para possíveis soluções de algumas divergências causadas pela falta de normas e lei específicas para a nossa área, e procuram entender as tipologias documentais como base para elaborar planos de classificação, seja para partidos políticos, passaportes ou até mesmo para área meio de órgãos da administração pública. Os três textos subdividem a classificação em grupos e subgrupos levando em consideração o produtor da documentação e reconhecem a necessidade de melhoria na área. Nenhum dos modelos pode ser considerado como correto ou errôneo, sendo necessário o entendimento das constantes mudanças e a adequação as transformações ocorridas na área da Ciência da Informação.

    Um comment interessante e que cabe nessa discussão é o exposto por Flávia Ataíde no post ‘’VAI EMCARAR?’’ Onde ela aborda uma das grandes questões da Arquivologia: o trâmite da documentação. Essa visão nem sempre é questionada pelos órgãos responsáveis, como o CONARQ, onde não há trâmite nem função arquivística.

    Por: GUSTAVO VASCONCELOS

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  13. Semelhanças

    O que podemos notar de comum entre as três propostas é o fato de buscarem compreender o documento (tipologicamente falando) para proporem um plano de classsificação . Essa análise tipológica fica muito maus explícita nos textos de Lopez e Ruipérez.

    Diferenças

    A Resolução n 14 do CONARQ cria um modelo de classificação que abrange todos os órgãos da administração pública, tornando-se, desse modo, vago e confuso. Lopez é muito mais específico e detalhado , criando um modelo baseado na função e espécie, bem hierarquizado, no âmbito dos partidos políticos brasileiros. Ruipérez faz um estudo minucioso do trâmite e uma análise funcional do documento para então classificá-lo. Assim como López é detalhado e específico.

    Com relação ao outro tópico, algo que me chamou atenção foi o comentário de Kiane Mabel Rezende no post " Relações entre classificação e tipologia documental", onde ela ressalta a inportância de se conhecer as tipologias existentes no acervo que se pretende organizar , pois assim é possível entender os trâmites pelos quais os documentos passaram no decorrer de suas atividades. Aponta também uma certa falha do Código de Classificação do CONARQ ao classificar o documento vagamente por assunto e não buscar esse estudo detalhado da tipologia.

    Por: Diones da Costa Pereira

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  14. Espero cumprir com as exigências da atividade proposta.

     Semelhança:

    As três propostas, cada uma com suas especificidades e suas abrangências, buscam uma iniciativa que serve de modelo para a análise e para a organização de conjuntos documentais. Deve-se lembrar que não existe uma análise diplomática e tipológica pré-estabelecida e por isso também não existe um plano de classificação e uma tabela de temporalidade passível de ser utilizada em todas as instituições (sem a realização de ajustes), justamente porque devemos sempre considerar as séries existentes em cada acervo, sua organicidade e sua função arquivística.

     Diferenças:

    A resolução nº 14, além de propor um plano de classificação modelo para a área meio da administração pública, estabelece também a tabela de temporalidade, com os prazos de guarda para cada tipo documental, com base na sua respectiva série, diferentemente do quadro de arranjo proposto por André Porto, que não vem com uma proposta de tabela de temporalidade.

    Com relação à análise de Ruipérez e André Porto: o primeiro propõe uma análise diplomática e tipológica para documentos que autorizam a viagem em território nacional. Nas três análises que são expostas, Ruipérez elenca uma série de elementos a serem considerados, como “denominacion, destinatário, vigência administrativa do documento...”. Esses elementos, por sinal, não estão presentes na análise proposta por André Porto, que já considera a “denominação original” e as “fontes”. Enfim cada análise coletou dados que se faziam úteis para a análise proposta.

    O texto do professor André Porto aborda o diagnóstico feito no partido PCB-Pinheiros. Nesse partido foram feitos a análise tipológica dos documentos acumulados pela instituição e depois propostos um quadro de arranjo. Depois de realizada a fase de coleta de dados (análise das séries existentes) foi proposta uma análise tipológica documental composta por três elementos indicativos: um quadro de funções hierárquicas por nível, a relação de funções e espécies documentais também distribuídas por nível e seu desenvolvimento listado por função. A partir de então foi proposto um quadro de arranjo para esse partido político de acordo com a organização tipológica que foi sugerida. Um detalhe importante, que difere o trabalho do professor André Porto da Resolução n° 14 é o fato do primeiro ter dividido, no quadro de arranjo, as espécies em blocos de funções, o que não indica ser uma divisão de série e subsérie, bem como a fato da primeira proposta ser útil para os arquivos permanente e a segunda para os arquivos correntes.

    Comentário:

    Considero bastante explicativo o comentário feito pelo nosso professor (disponível em: http://diplomaticaetipologia.blogspot.com/2010/05/vai-encarar.html)

    (...) “O problema é que muitas vezes, principalmente no Brasil essa ordem de importância não é seguida. Algumas vezes alguns elementos, são sumariamente esquecidos. Não vejo no CONARQ nada além da codificação e do assunto; não há identificação do documento, do trâmite e nem da função arquivística.”

    Para mim, esse comentário esclareceu muito coisa referente à metodologia utilizada pelo CONARQ.

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  15. Semelhanças - Os três modelos se preocupam em estabelecer co-relação e hierarquia entre as séries documentais levando em conta as funções administrativas do órgão que geraram cada documento. Todos levam em conta o produtor do documento e buscam estabelecer um plano de classificação baseado nas atividades do órgão produtor. Há também em todos os modelos uma preocupação em relação ao tempo de guarda e destinação dos documentos.
    Diferenças – O CONARQ estabelece um plano de classificação temático e padronizado para documentos produzidos pelas atividades-meio dos órgãos da administração pública, pressupondo que essas atividades seguiriam um mesmo padrão, o que muitas vezes não acontece. Há uma falta de flexibilidade no modelo do CONARQ uma vez que o responsável em classificar o documento fica completamente “preso” a um plano de classificação limitado.
    O Professor André Lopez se preocupa primeiramente em analisar as atividades internas e externas do órgão produtor do arquivo e o contexto orgânico do documento de acordo com atividade ou ato que o gerou, tal como seu trâmite. Somente após essa análise se estabelece o plano de classificação.
    O modelo de Mariano Ruipérez é o que vai mais além, uma vez que não apenas faz uma análise criteriosa das atividades do órgão e do trâmite documental antes de estabelecer a classificação dos documentos, levando em conta inclusive a legislação relacionada àquele documento, mas também relaciona as atividades e atos dos órgãos com as atividades do próprio arquivo, não só em reação a classificação e destinação, mas também em relação ao acesso e a difusão da informação. O modelo de Ruipérez também analisa, de forma mais aprofundada, a relação entre os documentos e entre as séries documentais.

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  16. Semelhanças entre os 3 textos:
    todos estariam sempre atentos quanto a quem são os produtores do documento, procurando-se assim utilizar e respeitar sempre princípio da proveniência.

    Diferenças que podem ser notadas entre eles:
    Resolução 14 do Conarq - utiliza a classificação por assunto como método de classificação de documentos, sob a perspectiva de que isso facilitaria a recuperação da informação e crendo também que isso refletiria a atividade geradora do documento e seu uso.
    Lopez - utiliza o método de classificação por função, organizando-os de maneira hierárquica partindo assim inicialmente da função para a espécie documental, para que assim fossem construídas séries tipológicas.
    Ruipérez - se atenta mais aos quesitos das características internas e externas dos documentos na hora de realizar suas análises.

    Um post que julguei interessante foi o de Rodrigo Fortes na postagem ‘Cartas na Mesa’, onde procurou-se falar da universidade não como um local que simplesmente apresenta conceitos que deveram ser impostos aos alunos e que estes deverão aceita-los de bom grado, mas sim um local aberto para discussões para que assim tais conceitos possam aparecer, mas estes não seriam pré-estabelecidos por ninguém, e sim descobertos pelo todo.

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  17. Este comentário foi removido pelo autor.

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  18. *Semelhança:

    -Posso estar equivocada, mas a meu ver, uma semelhança existente entre os planos de classificação apresentados encontra-se no conceito de série apresentando pelo Dicionário de Terminologia Arquivísta que atribui esta última como: “Subdivisão do quadro de arranjo que corresponde a uma seqüência de documentos relativos a uma mesma função, atividade, tipo documental ou assunto”. Nesse contexto, devido ao alto grau de abrangência dessa definição, podemos aplicá-la aos três planos de classificação, já que todos possuem uma determinada sequência lógica para a ordenação, seja ela por assunto, função ou tipo; ou seja, as três propostas contemplam séries documentais.

    *Diferenças:

    -Conarq: a tabela do Conarq por não levar em consideração as especificidades dos documentos, dificulta o acesso intelectual e físico a estes últimos. Devido à grande ambigüidade de suas classes e subclasses, dispostas em assuntos, a relação lógica e orgânica de um conjunto de documentos pode ser desfeita.

    -Ruipérez: para o autor as análises diplomática e tipológica de um documento devem ser feitas de maneira conjunta. A coleta dessas informações para o autor devem nortear a hierarquização dos documentos dentro de um conjunto documental, pois destacado o trâmite, fica mais fácil compreender a função arquivística que, por sua vez, irá direcionar a uma adequada hierarquização de um plano de classificação.

    -Lopez: a análise do autor visa estabelecer um vínculo entre o produtor documental e o futuro usuário. Para tanto, Lopez destaca sobre a importância de se levar em consideração as especificidades de cada acervo, realizando a sistematização de tipologias.

    *Comentário interessante:

    -Na minha opinião um comentário bastante pertinente sobre o assunto é o do Prof. André, no qual ele destaca que:
    (...) “o ponto tocado pela Flávia é o verdadeiro ponto "G" da arquivologia: o documento e seu trâmite. Depois vem a parte do Rodrigo: a função arquivística. Por fim a classificação, com a correspondente codificação (que não tem que, necessariamente, ser numérica). O problema é que muitas vezes, principalmente no Brasil essa ordem de importância não é seguida. Algumas vezes alguns elementos são, sumariamente esquecidos. Não vejo no CONARQ nada além da codificação e do assunto; não há identificação do documento, do trâmite e nem da função arquivística.”

    -É importante destacar que a tabela do Conarq no Brasil serve como uma espécie de “quebra-galho” devido à falta de políticas arquivísticas em muitas instituições públicas. As classes e subclasses dispostas em assunto facilitam a fácil inserção do modelo em muitos dos acervos públicos brasileiros. A falta de especificidade da tabela, contudo, corrobora para a não identificação do trâmite e das funções dos documentos, dificultando o acesso intelectual e físico, fazendo da documentação apenas informações em potencial.

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  19. Bem, o código do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) é bastante debatido devido às suas barreiras, isso se deve ao fato de que a classificação é feita por assunto e se restringe a míseras dez classes. Muitos acham que a estrutura decimal atrapalha o processo natural de classificação, pensamento o qual também compartilho. Mas como já foi discutido outrora, o que se deve analisar, primeiramente, é o trâmite, procedimento esse, que o texto de Ruiperez identifica muito bem. Fazendo uma comparação, bem grosseira e correndo o risco de desmerecer o post em questão, com o tema do meu blog- Diplomática na copa- assim como para se chegar ao gol e necessário passar por vários pés e tudo mais,antes de se elaborar uma metodologia de classificação, é necessário conhecermos por onde o documento passou até chegar ali, sendo assim o método de classificação é feito a posteriori. No CONARQ não há a identificação do documento, tampouco o estudo das funções arquivísticas e do trâmite documental, ou seja, trata-se apenas de uma codificação por assunto o que gera diversas confusões e não possibilita um adequado “saber em qual contexto’’ o documento está inserido.
    Quanto ao texto de Lopez de tipologia a ser implementada nos arquivos de Partidos Políticos, tem-se a idéia de classificação funcional, não embasada somente pela função dos documentos, mas também pelas espécies documentais. Trabalha a necessidade de um estabelecimento prévio das tipologias documentais particulares a cada modalidade, permitindo a inserção histórica dos documentos e suas funções. Entretanto, o modelo utilizado para os Partidos Políticos não chega a ser tão abrangente, se comparado com o de Ruiperez, uma vez que o texto de partidos políticos limita-se (sem atribuir um valor negativo a essa limitação) a basicamente essa área.
    Já o texto de Ruiperez, como já disse, é o que mais se “estende’’. Ora, ele leva em consideração não apenas os aspectos que os outros modelos apresentam (não como um todo obviamente), mas também a gênese, o inicio de uma metodologia de classificação, nada mais, nada menos que o trâmite.
    Um post interessante que achei, foi uma discussão iniciada em “Vai encarar”. Num dos momentos a aluna Flávia Ataíde expõe o seguinte: Ao se elaborar um plano de classificação temos que pensar se ele representa o conjunto documental. Não adianta um plano mais sintético, que faça com que a organização dos documentos seja ambígua. A aluna em questão foi muito feliz na sua exposição, pois não se pode ou melhor, não se deve tentar resumir um plano de classificação. Ou seja, dependendo do tipo de arquivo e toda a sua documentação envolvida, “tamanho é documento’’. Concluindo, o plano tem que ser formulado de tal maneira, que não deverá existir espaços para ambigüidades; subjetividades; duplas, triplas, quádruplas interpretações. Claro que essa é uma tarefa assaz complexa, entretanto conhecendo bem a instituição e todo o tramite documental, o arquivista conseguirá cumprir bem o seu papel.

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  20. Uma das principais diferenças, a meu ver, é a diferença entre os níveis de abrangência dos três modelos (mais amplo: Resolução n° 14/Conarq; “intermediário”: Lopez; mais restrito: Passaportes/Ruipérez). Tais níveis de abrangência possibilitariam tornar a aplicação destes modelos mais ou menos eficiente, a partir da aferição das tipologias que compõem o fundo ao qual se aplicará determinado instrumento.

    Ruipérez apresenta no item 1.3 de seu Manual alguns modelos para análise de tipologias ou de séries documentais, modelos estes que se diferenciam devido suas diversas finalidades e na complexidade da estrutura organizacional do órgão produtor. O autor também apresenta um modelo de análise tipológica e diplomática no estudo arquivístico e diplomático sobre passaportes e outros documentos de identidade pessoal espanhóis, no qual é possível perceber a importância dada ao trâmite do documento para a compreensão de sua função arquivística.

    Lopez propõe a elaboração de um quadro de arranjo para documentos de partidos e associações políticas a partir do levantamento de suas espécies e funções documentais (arranjo tipológico). Segundo o autor, “a tipologia para partidos políticos, tanto por seu caráter instrumental como pela relatividade da normalização, estará sempre aberta e inconclusa, podendo (e devendo) ser alterada em função de novas aplicações”.

    Por fim, a Resolução n° 14 do Conarq apresenta um modelo a ser adotado nos arquivos correntes dos órgãos e entidades integrantes do SINAR, nos documentos relativos à área-meio. A resolução apresenta um plano de classificação e uma tabela básica de temporalidade que, “por refletirem as funções e atividades dos órgãos, [...] são dinâmicas”, requerendo “revisões e alterações periódicas”. A resolução também estipula que “caberá aos órgãos e entidades que adotarem o Código proceder ao desenvolvimento das classes relativas às suas atividades específicas ou atividades-fim, as quais deverão ser aprovadas pela instituição arquivística pública de sua específica esfera de competência”.

    Com base nestes trechos, é possível inferir a importância da criação (ou, no mínimo, a adaptação) de modelos e instrumentos para cada fundo a ser trabalhado. Tal atitude permitiria uma melhor aplicação de tais modelos e instrumentos, de modo que o resultado final destes trabalhos seria o mais próximo do que esperado e que permitiria a execução de todas as funções arquivísticas necessárias para a coordenação racional dos conjuntos documentais trabalhados.

    Achei o comentário de Camila Côrte, no post “Vai encarar?”, de 25 de maio de 2010, muito relevante em relação à questão da elaboração e/ou adaptação de instrumentos pelos órgãos que os utilizam, pois sua argumentação propõe a aplicação de um modelo flexível e que pode ser adaptado de acordo com as necessidades que surgirem:

    “[...] em minha opinião um modelo proposto/sugerido, como é o caso do trabalho dos Archiveros de Madrid, é bem mais proveitoso que um modelo obrigatório. O modelo proposto permite que alterações sejam feitas de acordo com a necessidade, lembrando que, assim como foi abordado pelo Rodrigo de Barros, os documentos têm algumas especificidades de acordo com a instituição/órgão a que pertencem que devem ser respeitadas e levadas em questão na elaboração do plano de classificação e para não ocorrer à criação de ‘planos e tabelas loucas, feitas sem capricho, na administração pública’ (como foi citado anteriormente e como de fato aconteceria)” – (com adaptações).

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  21. Lopez, visando uma melhor classificação dos documentos, sugere inicialmente uma coleta de dados com o preenchimento das informações em uma ficha de coleta-elaborada que possibilite assim conhecimento do conjunto documental e aponte as relações entre as funções e espécies dos mesmos. Com essa coleta ele amplia seu campo de visão e identifica as variações que possam vir a aparecer. Desta forma o trabalho feito nos partidos políticos foi baseado na elaboração de tipologias documentais, porém, para isso primeiro houve uma determinação prévia de funções partidárias de maneira hierarquizada que possibilitou identificar a existência de uma série documental.
    Essa idéia de Lopez se assemelha bem com o grupo de Madri que num contexto municipal também se preocupa em estudar detalhadamente as características de um determinado documento baseando-se na legislação de cada tipo documental favorecendo assim o conhecimento de seu trâmite e a identificação de sua série. Essa forma de estudo é também percebida em Ruipérez que a partir de um estudo aprofundado do documento entende seu trâmite e identifica sua função possibilitando uma organização mais precisa.
    A semelhança do CONARQ e as demais formas de classificação descritas acima é basicamente a idéia de adotar uma classificação de forma funcional, pois, o seu plano, no contexto de Brasília, por exemplo, se quer estuda as necessidades apresentadas pelos documentos administrativos para que fato houvesse uma funcionalidade adequada, porém, o que ele faz é apenas generalizar e classificar por assunto deixando de lado o entendimento da função que diferentes documentos tem dentro do mesmo assunto.
    A diferença é, que mesmo se tratando de classificação de documentos que objetiva organizar para administrar, cada exemplo apresentado possui recursos, apoios e interesses diferentes.
    Post que gostei: foi o do Rodrigo Barros em “VAI ENCARAR?”. Onde ele diz que estamos viciados na tabela do CONARQ, porém temos toda a credibilidade e quase todo o embasamento necessários para discutirmos os códigos e propormos modificações, gostei porque, às vezes, esquecemos que estamos estudando também para propormos modificações e não somente para passarmos em concursos públicos.

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  22. Bárbara Zanetti

    Semelhança: Após leitura dos textos e resolução, podemos observar que ambos baseiam o desenvolvimento do Plano de Classificação Documental na atividade que gerou aquela documentação.
    Diferenças: O CONARQ utiliza apenas um Código para a Administração Pública, indicando que ela contempla várias atividades, onde suas classes são imutáveis e são classificadas em cima do assunto do documento. Nos outros dois textos, temos a abordagem do trâmite documental (setor de produção e recepção), sendo necessária uma análise tipológica.

    Comentário interessante: Gostei do comentário da Sarah na postagem Quanto vale um documento?
    São inúmeras as tentativas de levantar a questão da importância do registro documental na sociedade, bem como seu correto tratamento e preservação. Apesar de muitas pessoas estarem engajadas em alcançar esse ideal, as instituições que deveriam servir de exemplo acabam por passar uma visão da realidade da guarda documental atual. Esperamos dessas instituições o exemplo, mas acabamos por ver a mesma situação de muitas instituições despreocupadas com sua documentação. O acesso a informação é um direito garantido por lei... Como podemos fazer uso desse direito se a documentação está uma zona e vários documentos são perdidos graças ao tratamento que não é dado??

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  23. As três análises desenvolvem suas análises tipológica e diplomática partindo da instituição produtora do arquivo. O código do Conarq, por ser modelo, apresenta uma estrutura de análise menos flexível às necessidades específicas de cada fundo documental e o código apresenta uma estrutura limitada pelo assunto não detalhando as séries. O modelo do Conarq de certa forma reflete o sistema administrativo controlado por leis e interesses de diversos setores sociais. Mariano faz uma análise histórica do tramite documental e da sua função(ões) na instituição. Ele detalha a série documental e alenta quanto aos perigos que a mesma possui no quesito amplitude. Lopez, por sua vez, leva em consideração a função do documento e seus efeitos (agentes e passivos) na instituição produtora sem deixar de lado as influências externas. Ele abrange, a análise já citada, a descrição e análise das espécies no fundo de arquivo.

    A análise tipológica e diplomática não é algo isolado do arquivista. Requer diálogo intra/extra-institiocional buscando sempre a melhor forma de posicionar os documentos de maneira lógica.

    Por:Israel Gomes

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  24. Semelhanças:
    Os três textos falam da importância de se estabelecer um plano de classificação específico. Para isso obedecem as hierarquias das séries documentais e analisam tipologicamente os documentos para que a classificação não fique passível de erros.

    Diferenças:
    Ruipérez preza pela análise do trâmite na classificação. Na visão do autor, o trâmite é fundamental para a hierarquização dos documentos. Coloca a análise tipológica e documentária como essenciais para o desenvolvimento de um plano de classificação.
    Lopez analisa a relação produtor/usuário. Para o autor, a especificidade de cada entidade deve ser preservada para que o plano de classificação seja coerente. Um arranjo tipológico deve ser realizado.
    A Resolução nº 14 do Conarq já não leva em consideração as especificidades de cada órgão em que o plano de classificação será utilizado. Utiliza a ferramenta assunto para elaboração de seu plano.

    Achei interessante o post da Inês em "Relações entre classificação e tipologia documental". Ela faz uma análise completa e deixa clara a diferença e as semelhanças entre as três visões apresentadas: Madrid, Conarq e Tipologia dos partidos políticos. Complementou bem o meu entendimento sobre essa atividade também.

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  25. Ao meu entender, as propostas de análise e classificação documental do Mariano Garcia, do professor doutor André Lopez e a do Conarq compartilham a mesma opinião quanto à importância da classificação funcional, o que significa classificar documentos e analisa-los levando em conta sua função arquivística no acervo em que ele se encontra. Para isso outro fator deve ser considerado de muita importância: o produtor do documento. Os três textos trabalhados consideram que para propor uma adequada classificação documental é necessário preservar o fundo documental, o que significa que, o documento deve estar sempre interligado com o seu produtor para que possa ser entendido todo seu contexto.
    Partindo para as diferenças de análise dos textos podemos afirmar que André Lopez e Mariano Ruipérez defendem que a classificação deve levar em conta o todo do processo documental, ou seja, as funções do documento, o trâmite dele dentro do órgão, suas relações com outros documentos e com o órgão criador, sua origem, as legislações as quais atendem, as séries documentais... Enfim, esses dois autores acreditam que para delimitar as atividades dos documentos é necessário considerar diversos fatores que não são somente assunto e/ou classe, como faz o CONARQ, que abrange os documentos e os divide em classes de assuntos distinto, não considerando as especificidades da documentação, ou os possíveis tramites, ou a sua identificação.

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  26. O que podemos observar de semelhança no texto do grupo de Madri, Lopez e o CONARQ é que adotam um método de arranjo Funcional, inclusive Lopez destaca uma proposta em que o método funcional não seja pautado somente pelas funções dos documentos , mas também pelas espécies documentais , ou seja, um arranjo funcional-tipológico, sendo adotado como uma solução viável para a contextualização de fundos documentais para os quais o método estrutural é problemático.
    Com relação às diferenças podemos destacar as diferentes amplitudes dos arranjos, enquanto o grupo de Madri desenvolveu uma pesquisa focada nos arquivos municipais, Lopez focou na tipologia documental de partidos e associações políticas brasileiras e CONARQ focou na administração pública federal. O foco de cada um deles resultou na qualidade do trabalho, o CONARQ recebe duras críticas, pois os órgãos da APF são obrigados a enquadrá-lo à sua realidade, não respeita as particularidades de cada órgão. O modelo de Lopez, assim como o do grupo de Madri englobam documentos tanto de área-fim como de área-meio, já o CONARQ aborda documentos apenas de área-meio.
    Um post que me chamou atenção foi um em que o Rodrigo de Barros aponta a nossa importância dentro das organizações na elaboração de planos de classificação que realmente possam refletir estruturas de cada uma, pois apesar de “estarmos viciados no CONARQ”, (grande parte das atividades desenvolvidas em Brasília estão ligadas ao setor público federal) há um vasto mercado que necessita de plano específico e que não está obrigado a seguir as regras do CONARQ, e mesmo com relação aos órgãos públicos federais, temos que lutar para que haja uma melhora constante do plano proposto pelo CONARQ.

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  27. Comparando as três propostas de análise e classificação documental, podemos perceber que, dentre as semelhanças entre elas, uma das principais é a de que as três se referem ao princípio do respeito aos fundos, já que levam em consideração o produtor do documento.
    Em seu modelo, Lopez propõe a eficiência da classificação quanto à função e à espécie do documento, sendo essa mais vantajosa pr’aquela situação, apontando falhas em outros tipos de arranjo. Na resolução 14 do CONARQ, a proposta é a classificação segundo o conteúdo, a estrutura do documento, o que faz dessa uma proposta mais limitada. O modelo de García é mais trabalhado e detalhado, e classifica os documentos de acordo com suas características internas, externas, observando o trâmite dos mesmos.
    Um comentário que me pareceu interessante, foi um, de vários, da Flávia Ataíde, no post “Vai Encarar?”, em que ela diz que devemos observar, ao elaborar um plano de classificação, se esse representa um conjunto documental, a fim de evitar a ambiguidade na organização dos documentos.

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  28. Semelhança: todos (de alguma forma) propoem formas de se "organizar" os arquivos. O próprio título do post propõe isso: Diplomática e classificação. Muito embora esse não seja o foco, a priori, do Mariano García, ele fala sobre a análise de séries (no 1.3). Essa análise, serve de base para qualquer classificação que se preze. Acredito que essa deve ser a maior semelhança entre eles. Enquanto a Resolução 14 (R14) é o próprio plano de classificação, Ruipérez faz uma análise da tipologia e das séries documentais, enquanto Acona Lopez uniu as duas coisas.

    Diferenças: Para a R14 funções, atividades, espécies e tipos documentais são tratadas de maneira praticamente igual (no grupo "Assunto"). Enquanto Ruipérez mostra que não é isso. Como se pode igualar espécie com Tipo? Acredito que essa é uma das razões da ambiguidade do código de classificação do conarq. Lopez fala justamente disso. De um estudo prévio das funções para elaborar as tipos. Mas a maior problemática é a da R14, já que deve ser utilizada na area meio de toda a administração pública federal. Por mais que os órgãos na atividade meio sejam um pouco parecidos, cada plano deve contemplar as peculiaridades de cada órgão. O que não acontece na R14.

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    O comentário que achei muito interessante foi o da Inês(http://diplomaticaetipologia.blogspot.com/2010/11/relacoes-entre-classificacao-e.html?showComment=1290781506090#c2305355852477787392): "Um ponto de convergência entre os modelos apresentados é a idéia de renovação no processo de classificação. Nenhum modelo pode se considerar como absoluto; a Arquivologia esta em constante transformação juntamente com os processos administrativos, sendo fundamental a compreensão dessas mudanças e a necessidade de adaptação." Não tinha me atentado para isso, e só uma discussão saudável pode levar a essa "evolução".

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  29. E lá vamos nós!
    Ruiperez, em Tipología e Series Documentales,mostra a importância de se conhecer os caracteres internos e externos dos documentos e cita Schellenberg quando diz que o tipo documental é o primeiro caracter físico que deve se levar em conta na descrição dos documentos, pois revela tanto o conteúdo como a estrutura física. O autor também diz que em um acervo muito grande, há uma importância quantitativa das séries, já em outros as séries podem ser mais genéricas.
    Ruiperez também apresenta a divisão em classes feita inicialmente pelo “Reglamento de Policía para las Provincias” para os passaportes: os de militares, para o exercício de suas funções; os solicitados por aqueles que queriam deixar a Espanha para ir para outros países e os passaportes requeridos por pessoas que desejavam transitar em áreas situadas a mais de seis léguas do seu domicílio. Diferentes órgãos eram encarregados de expedir cada um desses passaportes, que depois eram vistos por outros órgãos e pessoas. Dessa forma Ruiperez considera o documento em si, suas classificações, seu trâmite e função, bem como outros aspectos como a vigência documental e da série.
    Assim como Ruiperez, André Lopez busca determinar previamente as funções hierarquizadas dos partidos políticos para elaborar sua tipologia documental. Em seu trabalho, Lopez construiu um quadro de funções com níveis de atuação que permitia traçar a correspondência entre tipo documental e série, dentre outras coisas. Lopez ressalta que a separação das espécies em blocos de função, para facilitar a consulta, não cria subséries e que não existem documentos isolados nos arquivos: todos são relacionados com outros. A abordagem proposta por Lopez é bem mais abrangente e considera aspectos como o trâmite e a função do documento.
    No CONARQ há codificações e assuntos, porém o código não considera função arquivística, trâmite e identificação do documento, como fazem os autores supracitados. Em concordância com Ruiperez e Lopez, o CONARQ utiliza o princípio da proveniência e dá a abertura para alterações e adaptações que se fizerem necessárias na aplicação em conjuntos documentais.
    Mesmo com essa abertura e da própria Resolução 14 apresentar o Código de Classificação de Documentos de Arquivo para a Administração Pública: Atividades-Meio, como um modelo a ser adotado nos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos – SINAR, o que se vê é uma acomodação por parte desses órgãos e nenhuma proposta mais abrangente, o que gera classes amplas e ambíguas.

    Considero interessante o comentário feito pela Viviane Passarela no post “Vai encarar?”:
    “São diversas as dificuldades em conhecer e entender o fluxo de uma instituição pública. Talvez esse seja o motivo de tantas falhas no plano do Conarq e, principalmente, de tantos profissionais utilizarem esse plano.”, que menciona essa dificuldade de se entender o trâmite documental e a própria estrutura da instituição, o que gera um comodismo nos funcionários e faz com que não haja propostas de alteração no CONARQ.

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  30. Este comentário foi removido pelo autor.

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  32. Quando li o texto de Lopez pensei em algumas coisas que, não sei se interpretei da forma correta ou se continuo na dúvida. Mas vou compartilhar aqui.

    Vou tentar falar sobre um assunto levantado por Lopez em seu livro, arranjo estrutural e arranjo funcional, e tentar relacionar com a proposta de Ruipérez e a resolução 14 do CONARQ.

    A semelhança que encontrei é que de forma indireta ou direta os três textos expõem o tema de arranjo ora funcional ora estrutural.

    As diferenças seguem na discussão abaixo:

    Das páginas 68 a 70, Lopez explica que arranjo é a organização física de documentos de um fundo de acordo com o princípio da proveniência e com a organicidade da entidade produtora do arquivo, e que o arranjo possui duas modalidades: O funcional, que se preocupa com a contextualização dos documentos, com a função da entidade e não muito com a estrutura administrativa. E o arranjo estrutural (que geralmente é o mais usado) se preocupa e se baseia na estrutura organizativa da entidade, segue a estrutura administrativa expressa no organograma para se obter o quadro de arranjo, nesse caso, os grupos e subgrupos são formados pelos departamentos de uma empresa, um fundo documental de um departamento não pode se misturar a outro, mesmo que o ponto de vista informativo-temático seja semelhante (onde fica o principio da proveniência aqui? Não vai de acordo).

    Quando li essa definição de arranjo estrutural me lembrei imediatamente da resolução 14 do CONARQ, que em seu Art. 1º propõe que seja aprovada uma versão revista e ampliada do Código de Classificação de Documentos de Arquivo para a Administração Pública, das atividades-meio, como um modelo a ser adotado nos órgãos e entidades integrantes do SINAR, ou seja, todos os órgãos adotarão o mesmo código de classificação, é como se considerassem que a estrutura organizativa de todos esses órgãos fossem igual.

    Realmente pra mim isso é estranho, pois me parece que ao mesmo tempo em que o CONARQ diz se preocupar com o arranjo funcional ele padroniza um código de classificação como se todos os órgãos tivessem o mesmo organograma.

    Afinal, a proposta do CONARQ é um arranjo funcional ou estrutural? Depois dessa leitura fiquei na dúvida.

    Como Lopez mesmo disse, a organicidade revela-se de difícil identificação nos documentos, a aplicação prática dos princípios arquivísticos apresentam muitos problemas. Pág. 68.

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  33. Ainda dentro dessa idéia me lembrei que o texto de Ruipérez traça um contexto histórico dos passaportes da Espanha e relata nele as diversas mudanças que ocorreram na legislação e nas exigências para se ter um passaporte. Na pág. 141, no último parágrafo, Ruipérez relata a competência de alguns órgãos para expedição de passaportes: O Ministério do Estado expede passaportes de príncipes, conselheiros de Estado, embaixadores, ministros e outros agentes diplomáticos nacionais e estrangeiros. Os passaportes dos militares seguem sendo expedidos por suas próprias autoridades. E os ministros também podem expedir um tipo específico de passaportes, aqueles que não precisem da assinatura das autoridades dos povos de onde tenha passado a noite um transportador, nem tampouco precisam ter seus sinais.

    Nesse caso, são todos passaportes, mas possuem exigências diferentes, são expedidos por autoridades diferentes e alguns possuem sinais diferentes ou nem têm, logo seria aplicável um código de classificação padronizado, como a proposta do CONARQ? Eu entendo que não e também não enxergo a possibilidade de haver um arranjo estrutural para esse caso e sim somente funcional, que respeite a o principio da proveniência.

    Acho que viajei nessa atividade. Estou confusa!rs

    Gostaria de destacar 2 posts da discussão “Vai encarar”:

    O primeiro é do Matheus Brito que relata que a idéia inicial do CONARQ era para unificar a administração pública só que isso não ocorreu efetivamente, e relata também suas falhas.

    E o segundo post, logo abaixo ao do Matheus, é o da Camila Cortês que explica a proposta do trabalho dos Archiveros de Madrid, basicamente, é uma proposta que permite alterações conforme a necessidade e que analisa o documento conforme o seu trâmite.

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