30 abril 2013

A casa caiu!!!

Relação arquivo-usuários-classificação.
Fonte: Elaboração própria.

Daniella me possibilitou uma revisitação aos pressupostos que tocam os usuários. O comentário de Mariana Sande gerou os seguintes dilemas: classificar para que? Acesso ou contexto? A figura acima expõe as circunstâncias de consulta às informações arquivísticas. No plano A temos o arquivo,  respeitando o contexto de gênese de suas informações. Em suma: funções, atividades e processos que evidenciem a relação orgânica dos registros por intermédio das "qualidades" de confiança, significado, validez e eficácia. No plano B temos os "famigerados" usuários. Eles podem chegar ao arquivo de várias formas, com n possibilidades de acesso. Em resumo, parece que o acesso deles não respeita o "contexto" daquele. Por isso as tecnologias da informação e comunicação (TIC) são preponderantes na comunicação. Permitem o acesso por uma outra via, que não seja a correspondente ao lugar intelectual do contexto (classificação). Sendo assim, resumo aqui os pontos problemáticos desse debate, sem concluir ou ser o "dono da verdade". Talvez mais como uma maneira de compreender a problemática, sem querer trazer "solucionática". Parece-me que esta figura já foi "desfigurada" na contemporaneidade pelas R perguntas abaixo:

(a) os usuários ainda vão com a mesma intensidade ao arquivo? 
(b) As TIC não possibilitam o acesso remoto?
(c) a imagem que o usuário tem da estrutura de acesso corresponde à maneira como as informações foram classificadas?
(d) como consequência dos itens anteriores, será que a mediação está em crise? 
(e) Qual a função do intermediário? Para que intermediário?
(f) a classificação é um atividade intelectual ou física?
(g) quando penso em classificação estou imaginando o ato de colocar documentos físicos numa caixinha de papelão?
(h) classificação é método de ordenação? 
(i) quando classifico penso no processo de trabalho que gerou a informação ou "vou anotar o código mais provável onde o pessoal do setor possa achar mais facilmente, na caixinha "x"?
(j) não tenho que criar outros mecanismos para se alcançar a informação desejada?
(k) o contexto  se preocupa com as informações a curto ou a longo prazo?
(l) o acesso  se preocupa com o agora ou o amanhã?
(m) quais são as finalidades de procura da informação? 
(n) Se o usuário não quer provar nada, qual a relação dele com contexto?
(o) será que as informações na contemporaneidade chegam até o arquivo "histórico"?
(p) as informações não estão registradas em outros meios, principalmente nas redes sociais e nos e-mails? Será que essa não deveria ser uma preocupação dos arquivistas?
(q) o usuário não passa agora a produzir, classificar e selecionar o que é ou não relevante para a sua própria decisão?
(r) quem coloca significado nas informações?

Ou seja:
- contexto e acesso podem viver juntos?
- é um casamento duradouro?

Boas reflexões.



Abraços
Rodrigo Ávila

13 comentários:

  1. Jesus Maria e José. Os alunos já me odeiam por ser monitora, agora vou ser mais odiada ainda por ficar quebrando a cabeça dos outros. Prof André, desculpe. Eu fui provocada. Lá vai:
    a) Sim e não. Não é trabalho do arquivo e dos arquivistas divulgar o próprio trabalho? Acho que aí entra muito mais da questão de se somos ativos ou passivos na recepção do usuário. Quem divulga e tem seu trabalho visto é lembrado. Por bem ou por mal. Intensidade é número de pesquisas ou em números de atendimento com resultados satisfatorios? Eu já vi um arquivista dizendo que preferia que não procurassem nada no acervo porque estava tudo mal organizado. Eu preferiria o contrário, que vissem a zona toda pra você ter o porque de reclamar e dizer “quer o trabalho feito? Me dê condições!”
    b) Deveriam. Poderiam.
    c) Não e nem são obrigados a. Os usuários devem, sim, ter um conhecimento básico da estrutura da coisa, mas não se pode exigir que um usuário de arquivo saiba a classificação. Não é o trabalho dele, é o nosso. Eu sei dirigir, mas não conheço o mapa das cidades de cor. Um GPS(TIC) pode me ajudar em muito a chegar aonde eu preciso. E se eu não tenho acesso atraves do GPS, já que a cidade em questão não está mapeada? Vou perguntar pro guarda de transito. Quem tem boca vai à Roma, como diria minha avó. Em compensação meu irmão costuma dizer que todos os caminhos levam à Roma, de um jeito ou de outro, vou conseguir chegar aonde quero. Se eu dei voltas pra chegar ao destino necessário da próxima vez já vou dar menos voltas. Essa representação que o usuário pode ter da classificação pode ou não ser a correta, e seria meu trabalho indicar o caminho correto. Capacitar o usuário. Ter uma carta de serviços, por exemplo.
    d) estudos de usuários, meu caro. Estudos de usuários. Não tem como fazer um modelo lindão de mediação se eu não souber quais os anseios do meu usuário. O que essa criatura mitológica come? Eu não preciso saber se meu usuário gosta de longas caminhadas pela praia, preciso saber se o Joãozinho gosta mais de avião azul ou amarelo. Não adianta nada eu ter um lindo estoque de aviões azuis se ele brincar com o amarelo só. Minha mediação começa na necessidade que eu posso atender. Se não, não há nada a se fazer.
    e) Mamãe disse que minha função no mundo é ser linda. Papai disse que é fazer bagunça. E eu acho que é capacitar esse usuário de 7 cabeças a ser capaz de encontrar o que procura. A tempo e a hora. Propiciar pra instituição a capacidade de prover informação relevante pra quem e quando deseja.
    f) Ambos.
    g) Também estou. Dá pra separar a ordenação da classificação? Por que eu separaria? Um processo mental não precisa ser dissociado do processo físico. Organizar na caixinha é um procedimento válido e necessário.
    h) Pra mim, é. Mesmo que eu não separe, mesmo que não coloque nas caixinhas há ali no minimo um ordenamento mental das coisas.
    i) Por que não os dois? Eu não sou uma expert em classificação e tenho a mais absoluta certeza de que meus colegas são muito mais versados nesta arte do que eu, mas me pergunto: porque não os dois? São indissolúveis?

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    1. j) Descrição? Inventários? Guias?
      k) Qual contexto? O de criação? O de guarda? O meu? O seu? Todos. O documento não é livre de intenção?
      l) Isso não depende da idade ou fase do documento? Se eu considero ele permanente não o atribuo de um valor futuro? Atribuir um valor futuro imediatamente cessa seu valor no agora?
      m) Por que a galinha cruzou a estrada? Pra obter a informação. Pra tomar decisão. Pra provar alguma coisa, pra processar o galo, pra fazer uma dissertação. Importa o uso ou o usuário? Como profissional eu devo julgar o que você vai fazer com aquilo que eu te forneço? Se eu te vendo um garfo eu espero que você se utilize dele para comer. Se ele vai virar obra de arte, o problema é do garfo. Se você vai enfiar ele na tomada pra tomar choque porque você acha um barato tomar uma zapeada e causar curto circuito na casa, o problema é do seu eletricista. Eu te entrego o meu produto, você faz dele o que bem entender.
      n) Novamente, essa figura mitológica de 7 cabeças que ninguém consegue entender. Ah usuário danado! É pra mim que ele tem de provar alguma coisa?
      o) Todos os caminhos levam à Roma. Todos.
      p)e a questão da privacidade?
      q) E ele já não fazia isso antes? Desde quando nosso papel é decidir o que é relevante pra ele (o usuário) ou POR ele? Eu faço a minha pesquisa, dou meu resultado, mas quem decide a relevância da informação não é quem tem nela o interesse? A tomada de decisão não envolve mais fatores do que só a informação disponível? Meu usuário informado, lindão, não tem instinto, não tem feelings, insights, loucura? Não pode ir em direção contrária?
      r) O usuário de 7 cabeças. Mas eu acho que essa eu já tinha respondido antes.

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  3. Daniella, exclui os comentários anteriores pq pensei em ñ responder, para não ficar cansativo. Isso não era uma provocação pessoal. São questões do debate. Pelo menos houve motivação para as análises. rs. De qualquer forma, adoro debates.Eu queria emprestado 10% de suas certezas para viver melhor. Me empresta?
    Em primeiro lugar, acho que o contexto que estamos discutindo é o de gênese, de produção, já que debatemos a classificação, não?
    A questão da ida ou não dos usuários ao arquivo também é um ponto sobre representatividade e sobre o q o documento de arquivo hj sinaliza em termos de metodologia dos estudos historiográficos. A dissertação de Marli Costa é uma boa referência. Lá se analisa a (não) presença de historiadores da UnB no Arquivo Nacional. Soma-se a isso o fato de que muitas decisões hj são tomadas pelas novas maneiras de comunicação. Isso faz com que muitas decisões não sejam "materializadas". E a noção de informação arquivística na literatura ressalta a materialidade e estabilidade da "fixidez".
    Ao ler seus comentários, fica claro que para você classificação é acesso + contexto. Mas como, por exemplo, o usuário sabe o contexto da nota fiscal? O que vc diz da classificação de Daniella? Quando ela sair da empresa, o usuário conseguirá encontrar só com o plano de classificação? Pense nisso. Onde o usuário procuraria a NF? Ela pode então ficar junta das outras NFs, na mesma caixinha escrita “NOTAS FISCAIS 2012”?
    E se classificação é acesso: por que as estruturas de acesso não devem corresponder às maneiras de classificação (conforme sua resposta “c”)? O conceito de classificação não me parece muito claro. Aquele txt do professor Renato (Arquivística:temas contemporâneos) elucida a diferenciação entre classificação, ordenação e arquivamento. Somente a primeira é intelectual.
    Se contexto é acesso, e os usuários podem buscar a inf. de várias maneiras, teríamos que ter um tipo de arquivo para cada usuário. Seus argumentos de que classificação e ordenação são semelhantes não se sustentam no ambiente digital. Classificar não é ordenar. Se um registro fotográfico e um documento são oriundos da mesma atividade, recebem a mesma classificação, mas ficam em espaços físicos diferentes? Atividade e assunto são diferentes.
    Fica evidente q o seu pensamento está atrelado aos arquivos históricos. A questão que se coloca é que o acesso da gestão se choca com o contexto da história. Aliás, também me parece que, na sua concepção, a teoria das três idades funciona. "Todos os caminhos levam à Roma, todos". Não tenho tanta certeza assim. Pelo contrário, acho que não. José Maria Jardim tem uns txts sobre isso. Para ele, o que é histórico é mais forjado pq ganha o status de patrimônio. Isso porque não temos uma forte cultura de gestão.
    Existem outras contradições: "Desde quando nosso papel é decidir o que é relevante para ele?". Então o que significa avaliar? Na sua concepção, não estamos fazendo isso o tempo todo? O arquivista é imparcial? A classificação não destaca algumas infs. em detrimento de outras? Qd vc classifica a NF, não insere (ir)relevância?
    Outras questões tb não ficam claras. Uma deles é qd vc afirma que o "usuário decide o que é relevante". Então não pode afirmar que ao mesmo tempo devemos "propiciar para a instituição a capacidade de prover informação relevante para quem e quando deseja". Afinal, quem diz que a informação é relevante, na sua concepção, não é o usuário? Não fica claro. E ao fazer isso à instituição vc não está decidindo o que é relevante? São pensamentos que se contradizem.
    Enfim, eu poderia conversar sobre isso o tempo. Em mais n pontos sobre estas questões. Mas creio que este não seja o espaço nem o momento. Aliás, já tomei muito espaço do “não-espaço”. Rsrsrs. Tenho mais incertezas que certezas. E creio que as "fraquezas" do campo de estudo são oportunidades de desenvolvimento, e não entraves. Por isso temos que discutir. E as outras pessoas, não pensam nada?
    Valeu mais uma vez pelas questões.
    Abraços

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  4. Em relação ao contexto e acesso, penso que essa questão não deve ser vista de forma tão complexa, mas de maneira mais simples. Como existem vários contextos diferentes, primeiro deve-se analisá-los para depois definir as formas de acesso para melhor atender aos usuários, que é a finalidade de todo arquivo. Portanto um complementa o outro e não um exclui o outro. Também gostaria de fazer uma observação, o elemento chave de tudo isso é o usuário, a grande transformação que deve ocorrer é na consciência do próprio usuário, de que ele é importante e não somente focar nos meios de organização dos arquivos das Instituições baseada nas mais diversas ferramentas de tecnologia, comunicação etc. O que tenho observado é que profissionais de arquivologia dão diferentes graus de prioridade para atender a determinados usuários, ou seja se for uma ''autoridade'' devem ter suas pesquisas atendidas mais rapidamente do que outro cidadão, o que é errado. Os cidadãos detêm o poder, podem mudar qualquer realidade. Conhecimento é poder, logo será que é do interesse das Instituições que os usuários tenham o acesso à informação? E a Lei de acesso 12.527 está realmente fazendo a diferença? Se eu chegar em determinado Ministério e solicitar o saldo bancário da Instituição, que é direito de todos saber, serei atendida? acho que não! Por isso a transformação da consciência dos usuários é tão fundamental.

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    1. Oi Larissa,

      penso que o caminho seja por ai tb. Um complementa o outro. Gosto muito qd vc fala que temos que definir várias formas de acesso para melhor atender aos usuários. Porém, parece-nos que no caso dos contextos não são "vários diferentes" (entendo que vc quer dizer de classificação, uso, acesso etc). Mas na classificação (que é o mote da discussão), o que comanda é o da atividade que gerou a informação. A informação vai estar atrelada aos processos de trabalho da organização. A tipologia é a "mola mestra". Vc já deve ter tido o choque das "correspondências expedidas e recebidas". Elas servem muito bem para o acesso do usuário nas fases de gestão, mas não contextualiza as informações, não é isso? Ai a universidade diz "Isso é um absurdo". E as pessoas do seu setor, depois que vc classifica por atividade não encontram nada e dizem: "isso é um absurdo!".rs. Mas aí me parece que não estamos nos atentando para a diferença entre métodos de ordenação e classificação. Ao que parece, a primeira serve para acessar com mais facilidade. E nesse ponto as TIC podem ser muito bem utilizadas no sentido de eficiência de acesso. Enquanto a segunda prima pela contextualização, dando significado e confiança à informação.
      É muito bom poder estar discutindo isso dessa maneira. Temos que pensar juntos. O conhecimento coletivo é que constrói.

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  5. É um ponto delicado. Sinto que me falta aparato teórico suficiente para debater alguns pontos.

    Enfim, vamos lá. Quando leio a frase "Todos os caminhos levam à Roma" aplicado a um tema com tantas ressalvas, confesso que me sinto um pouco confuso. Creio que os caminhos sejam um pouco mais tortuosos do que aparentam. Talvez tais caminhos sejam forçados a ir à Roma. Como trilhos automatizados, guiados pela parcialidade de quem está contando a história, não?

    Em uma disciplina passada lembro de ter lido um trecho de um texto (Desculpem a falha, não lembro se era do Terry Cook ou do Rafael Capurro) que dizia que o arquivo ditava quem eram os perdedores e os vencedores na história. Creio eu que tal frase prescindia da veracidade do fato, (ou autenticidade?) já que o que estaria em voga seria a informação parcialmente colhida para ser tornada verdade para o futuro. O que houve com o resto da história? Não creio que tenha chegado à "Roma".

    Ouvi de uma ótima pessoa (e ótima arquivista) que o arquivista é um guardião temporário da documentação. O que acham dessa afirmação? Consigo inferir que o acesso deve estar relacionado às necessidades do usuário, sim. Mas uma ajudinha dessa demanda seria de bom grado, não? Difundir as atividades do arquivo seria um passo de extrema relevância. Como fazê-lo efetivamente? Não deveríamos estudar modos de instruir o usuário quando o estudamos? Pensar o usuário como um cliente e pensar que "o cliente sempre tem razão" é o mais sensato? E se o usuário ligar no arquivo com uma prova de concurso querendo tirar dúvidas acerca da parte de Arquivologia do concurso X? Como proceder? E se eu disse que isso realmente aconteceu? Hahaha.

    Gosto muito desses ambientes de debate. Onde expomos as dúvidas, anseios, neuras etc. Sem tergiversar... Mas construindo em conjunto. Praticamente a lógica dialética, não?

    Abraços!

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    1. Rapaz,
      pelo que percebi vc tem aparato teórico para debater sim. Eu também gosto desses ambientes. É mais provável que o txt seja de Cook, que é contrário a abordagem positivista dos arquivos, defendendo uma visão pós-moderna. Rebate o britânico Jenkinson, que dizia que o arquivista deveria ser um ser imparcial. Inclusive afirmando que não poderiam avaliar informações de arquivos. rs. "Defende" a parcialidade, desde que justificada, e não num arquivista neutro. Para ele, somos muito mais construtores ativos de "discursos" que guardiões passivos.
      Eu compactuo de seu pensamento: todos os caminhos não vão à Roma. Aliás, nem sei se Roma existe. rs
      Respeito quem defende a ideia de "guardião", mas, sinceramente, não gosto dessa imagem, nem permanente nem temporária. Gosto da ideia de um gestor que possibilita acesso, fluidez. Por isso a minha preocupação com o usuário. Estou mais disposto a ser útil e proativo do que esperar as coisas acontecerem. Além disso, acredito que guarda é um movimento que vai na contramão da contemporaneidade. Enquanto nos atermos à essa imagem, estaremos completamente ausentes dos debates. O que aliás já vem ocorrendo. Vide o caso da lei 12.527, que Larissa muito bem citou. Mas o André diz que "eu não sou muito arquivista". kkkkkk.
      Há um problema de pano de fundo aí tb. Na minha singela opinião, a Arquivologia tem um grande, enorme problema. Ela sempre esteve atrelada aos serviços públicos. Essa discussão mesmo de acesso e contexto é interessante. Porque para a pesquisa (arquivos públicos. usuário = historiador) as duas coisas devem andar juntas. Mas qd observamos as realidades das instituições privadas, não necessariamente. O acesso prescinde do contexto, não acha? As organizações privadas são mais fluídas, as públicas são pesadas e lentas em termos de transformação. A Maria Raquel tem uma dissertação que discute um pouco estas questões na classificação. A discussão de acesso vem no bojo de uma filosofia mais "atual" (no Brasil), numa noção de cidadania, transparência, gestão da qualidade, apoderamento do cidadão etc. Nossos serviços não se restringe mais aos pesquisadores (leia-se historiadores) que vão ao arquivo com suas pranchetas para defender suas teses.
      Pra finalizar, a conversa aqui pode até ter dialética, mas de lógica ela tem muito pouco. rs
      Abraços

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  6. Onde está escrito "E se eu disse que isso realmente aconteceu?" Leiam "E se eu DISSER..."

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    1. Acho que deu pra entender tranquilamente. Imagino que tenha ocorrido mesmo essa situação. Existem várias histórias absurdas com relação às "loucuras" dos usuários. É que nem a Daniella escreveu no seu comentário: tem muito arquivista que nem quer saber de contato eles. Às vezes atrapalham mais do que ajudam.

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  7. Ou seja:
    - contexto e acesso podem viver juntos?
    - é um casamento duradouro?

    Depende! De acordo com as necessidades do órgão o qual o arquivo está inserido poderá ser favorecido o CONTEXTO ou o ACESSO(em regra ocorre assim nos arquivos em que vivenciei)! Dentro dos sistemas informacionais o que pude perceber é que não existe um padrão básico de atuação, ou seja, os processos de gestão informacional devem ser desenvolvidos ou adaptados para seguir e adequar-se as necessidades do cliente, assim não vejo como sendo algo necessariamente excludente, ambos podem coexistir e com o decorrer da existência pode se alterar a importância que se da a cada uma dessas visões (casamento turbulento);

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  8. Olá Rasphael,
    o casamento é turbulento mesmo. Mas a visão geral trata a questão como se fosse algo harmonioso e sem intempéries: até que a morte os separe. Agora, os processos "devem se adequar às necessidades do cliente" é algo que não encontra eco nos debates. É uma longa discussão. Perguntem ao André isso, vcs terão uma opinião. Pergunte a outra pessoa e teremos outra. Só a ideia de cliente já prediz uma noção de gestão privada, de negócio, competitividade. Concordo com vc: depende da instituição, da missão, da esfera de atuação etc. Mas a visão relativista não encerra os problemas. O importante é ver o outro lado da questão, como fizemos juntos aqui. Essa negligência da literatura parece evidenciar uma forte ligação com as instituições públicas.
    Abraços

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