06 março 2013

Manuscrito 512

Imagem do “manuscrito 512”, que consiste em uma das maiores fábulas da arqueologia nacional e que está guardado na Biblioteca Nacional. O documento consiste num relato de um grupo de bandeirantes ao encontrar uma cidade “perdida” no Brasil, cujo nome e sua localização é desconhecida até hoje.

O acesso ao documento original ainda é extremamente restrito, ainda que tenham disponibilizado uma versãodigitalizada dele na Biblioteca e durante muito tempo, esse documento, o mais famoso do acervo, ficou esquecido e foi encontrado ao acaso.

O mito:

A datação do manuscrito ainda é controversa, embora haja um consenso de que ele tenha sido escrito por volta do século XVIII, devido determinados elementos, relatos presentes no texto e por sua deterioração. 

O relato, por sua vez, traz a história do encontro dos bandeirantes com ruínas de uma cidade desconhecida em meio à selva brasileira, com estruturas grandiosas e com riquezas, no entanto, seu fim desconhecido.

Em seu trecho mais conhecido, os bandeirantes relatam que avistaram uma grande montanha brilhante, que atraiu a atenção do grupo que, diante de tal visão, ficou pasmo e admirado. Contudo, os bandeirantes da expedição não conseguiram escalá-la e isso acabou se dando por acaso quando um dos integrantes do grupo, caçando um animal, acabou encontrando um caminho pavimentado que passava por dentro da montanha.

Após atravessarem-na, avistaram uma grande cidade de estilo desconhecido e completamente abandonada. A entrada da cidade era possível apenas por um caminho, ornado por 3 grandes arcos na entrada em que, o principal e maior, se encontrava ao centro dos outros dois, carregando inscrições em uma letra indecifrável no alto.

Segundo o depoimento, a cidade trazia sinais das grandes civilizações antigas, como uma praça central onde erguia-se uma grande coluna negra e, sobre ela, jazia uma estátua apontando para o norte e despida da cintura para cima, com uma coroa de louros na cabeça
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André Malverdes



Trecho original:

"(...) collumna de pedra preta de grandeza extraordinaria, e sobre ella huma Estatua de homem ordinario, com huma mao na ilharga esquerda, e o braço direito estendido, mostrando com o dedo index ao Polo do Norte; em cada canto da dita Praça está uma Agulha, a imitação das que uzavão os Romanos, mas algumas já maltratados, e partidos como feridas de alguns raios. (...)".

Na cidade também foi encontrado um objeto curioso, o único mencionado na expedição e descrito minuciosamente, uma grande moeda de ouro, que trazia alguns emblemas entalhados. Em um dos lados, havia um rapaz ajoelhado e, do outro, havia um arco, uma coroa e uma flecha.

Infelizmente a identidade dos bandeirantes, bem como a localização da cidade, se perdeu no tempo, contribuindo ainda mais para a criação do “Manuscrito 512” e sua cidade misteriosa.

Talita Lopes Cavalcante
Administração Imagens Históricas

Para ler mais: 
- Relação histórica de uma occulta e grande povoação antiquíssima sem moradores, que se descobriu no anno de 1753, nos sertões do Brazil ; copiada de um manuscripto da Bibliotheca Publica do Rio de Janeiro. Em: Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, Tomo I, 1839, p. 153 (no arquivo PDF). - 
<http://www.ihgb.org.br/trf_arq.php?r=rihgb1839t0001.pdf>

- Dossiê sobre o Manuscrito 512 –
<http://xa.yimg.com/kq/groups/18647663/1588892879/name/Transcrição+Manuscrito+512.pdf >

Fontes: Fundação Biblioteca Nacional.




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André Malverdes

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