06 março 2013

Arquivo morto não existe!




A expressão "arquivo morto" ainda é comumente utilizada em diversos arquivos sendo falada e escrita por pessoas desinformadas sobre a existência do ciclo de vida orgânico dos documentos. Apesar de sermos testemunhas de que realmente muitos arquivos estão "morrendo" pela falta de organização e principalmente preservação de seus documentos, ali encontra-se a memória viva da instituição, dos municípios e dos cidadãos.

O arquivo é um todo orgânico e origina-se das atividades de um órgão refletindo o dia-a-dia de sua produção. É, portanto, um organismo vivo que nasce, cresce e sofre transformações. Cada arquivo é um arquivo, possuindo cada um, características próprias. Durante sua vida, ele passa por três fases ou idades denominadas: fase corrente ou 1ª idade, fase intermediária ou 2ª idade e fase permanente ou 3ª idade.


Então, a primeira providência a se tomar é não mais utilizar a expressão "arquivo morto", pois ela reflete um conceito equivocado de arquivo. É um termo condenado pelos arquivistas, pois além de depreciativo não condiz com a realidade dos acervos, já que os documentos são guardados por conta dos seus valores, principalmente informativo e probatório, o que o torna vivo porque tem uma motivação para existir, seja para servir de consulta para apoiar a administração ou para pesquisa cientifica e histórica.

Documentos sem valor sim, devem ser eliminados mediante legislação pertinente e assim se tornam "documentos mortos", fazendo uma alusão ao termo "arquivo morto".


Portanto, é preciso "enterrar" de vez o uso dessa expressão "arquivo morto" do nosso cotidiano.


Fonte: facebook.com.br/aarqes.





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André Malverdes

2 comentários:

  1. 21-08-2015: Perfeito! Amei o texto e irei pesquisar mais fontes que informam sobre o uso desse termo e do termo histórico, pois, Arquivo Permanente custodia documentos que já se tornaram históricos, mas, vale esclarecer que no nascedouro destes não havia esta pretensão de "elaborar um documento histórico". Assim sendo, até mesmo porque a nominação de Arquivo se dá para (na visão da doutrina) os documentos na terceira idade, o Arquivo Permanente detêm sob sua custódia informações registradas nos mais variados suportes sobre fatos do passado. Informações vivas e à disposição de historiadores, escolares, pesquisadores e etc.
    Valeu!
    Margarete Rodrigues
    Arquivista - UNIRIO

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  2. Caríssimo, muito providencial o seu texto ou MANIFESTO a favor do organismo ARQUIVO!
    Com muito respeito, Deisi Akemi Iha Yoshida (Bibliotecária/Documentalista). Curitiba/PR.

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