07 fevereiro 2011

Os arquivos sigilosos da Wikileaks


Sabe aqueles documentos que você sempre quis ter acesso, mas que não conseguia por serem de caráter sigiloso? Sabe aquele gosto sedento pela via pública de segredos privados? Pois bem, nem só de BBB vive a especulação. O site Wikileaks é tudo o que você sempre quis encontrar.

A organização transnacional sem fins lucrativos, com sede na Suécia, foi lançada em dezembro de 2006. Em seu site publica posts de fontes anônimas, contendo informações sensíveis vazadas de governos ou empresas. Ao longo de 2010, a Wikileaks publicou mais de 250 mil documentos oficiais do governo norte-americano, contendo inclusive o manual de tratamento de prisioneiros na prisão militar de Guantánamo, e informações "quentíssimas" sobre as guerras do Iraque e Afeganistão. 

O Brasil aparece entre os relatórios sigilosos publicados pela organização em vários assuntos, que vão desde a Copa do Mundo e Olimpíadas à exploração de Urânio pelas Farc's. (CONFIRA AQUI!) A organização já ganhou tanto destaque pelo mundo afora que já chega a ser uma forte candidata ao Prêmio Nobel da Paz, pela iniciativa de transparência dos direitos humanos e crimes de guerra.

Em meio a tantas polêmicas, a probabilidade de extradição à Suécia do então fundador da organização, cujo julgamento ocorrerá hoje e amanhã, ganha contornos de revanchismo político. O criador da iniciativa se defende pelos supostos crimes sexuais a duas mulheres numa visita a Estocolmo. Mas as especulações são de que os Estados Unidos estariam investigando o ativista por espionagem, tanto que até mesmo o Twitter foi chamado a dar detalhes dos colaboradores do site. (LEIA AQUI!)

A grande discussão que vem ocorrendo sobre a publicação de informações sigilosas por esta organização coloca os arquivos em evidência. Acredito que você agora deva estar se questionando: como eles conseguem obter essas informações? E ser formos mais adiante, será que realmente é uma boa iniciativa a transparência quanto a esses tipos de questões? O debate ganha uma intensidade ainda maior ao ser colocado diante de um contexto histórico que reivindica a abertura dos arquivos do período da ditadura militar brasileira. Imaginem o tanto de informações polêmicas que sairiam desses arsenais que estão trancafiados a sete chaves  por aqueles que estão agora no poder? E você arquivista, o que pensa sobre tudo isso?

Rodrigo Fortes de Ávila

Um comentário:

  1. É uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo que pode ser bom maior transparência, esta pode ser usada com más inteções por alguém que tenha apenas o intuito de prejudicar algum desafeto.

    Apesar disto, a transparência total traria mais benefícios do que malefícios. Que abram tuto; revelem tudo. Os poucos inocentes prejudicos seriam o "efeito colateral" necessário. Pior é deixar, por exemplo, bandidos provenientes da ditadura militar bancando o mocinho, como seguramente há na política brasileira.

    Os bandidos da didatura militar começaran a agir diante da simples possibilitade de ter suas identidades reveladas. O resultado foi a queima de vários documentos comprometedores.

    Eu fico a pensar: onde estará esses bandidos hoje? Numa rápida busca pela internet, qualquer pessoa pode conferir, por exemplo, que o atual DEM, outrora foi o PFL, que foi PDS, que era ARENA.

    Em outras palavras; mudou o nome do chiqueiro, mas os porcos continuam os mesmos.

    Luis Pereira.

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