07 setembro 2010

Memórias "(re)veladas"


Tentando acordar do sonho kafkiano provocado pela discussão do processo apresentado aqui, nos deparamos com uma matéria publicada na Carta Capital, no mês de agosto, que demonstra o emaranhado político no qual se refugiam os arquivos. Nos comentários do post em questão, observamos a ideia da falta de contribuição real para a instituição, por parte daquele que procura uma capacitação profissional. Não sabemos o modelo administrativo a que essa ideia se refere, mas achamos que está muito mais atrelada à época das cavernas;  pode passar para pegar o Kit Flinstones oferecido anteriormente. Não se levanta aqui um imaginário de guerra, travada entre as pessoas e os interesses da organização. Escutamos um ótimo neologismo no XVI CBA, que está longe do que queremos apresentar. Não se trata de CORPORARQUIVISMO.O ponto central é saber até onde o ideal de que uma instituição de missão altamente democrática pode se utilizar de métodos administrativos chancelados por lobos do antigo regime.

A questão é: e se perguntássemos o contrário? Ou seja, quais seriam os interesses da instituição? Que tipo de profissionais as instituições querem como representantes de sua equipe de trabalho? Qual a qualidade dos profissionais que são escolhidos para os projetos arquivísticos? Que filosofia está embutida na conduta da instituição? Será que temos um interlocutor?

Baixem aqui a matéria e tirem suas próprias conclusões.

Postado por Rodrigo Fortes de Ávila

3 comentários:

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  2. O comportamento do AN revela que o interesse é manter o mesmo cenário: impor decisões unilaterais e se recusar ao diálogo.

    Os profissionais que desejam são meros executores. Seres pensantes são rejeitados. Aparentemente, a única filosofia de trabalho dos dirigentes é se manterem no poder e nada de mudanças.

    O todo é maior do que a soma das partes" (Aristóteles)

    Quando, por exemplo, uma equipe de futebol trabalha os valores individuais (os jogadores talentosos) mais do que o conjunto (a equipe); o time tende a fracassar mesmo diante de outro mais fraco de talentos e composto de pernas-de-pau, desde que bem organizado coletivamente.

    Quando determinada organização empresarial – pública ou privada - conta com pessoas talentosas, mas esses talentos tentam resolver os problemas sozinhos, a empresa tende a fracassar ou não atinge os resultados esperados.

    Estes e outros exemplos ilustram a face desfigurada da Arquivística Nacional. Nela, há teóricos e profissionais talentosos, mas que trabalham individualmente em busca de um ideal comum: o desenvolvimento da disciplina. O Arquivo Nacional, os seus respectivos representantes e o órgão central (Conarq) trabalham para desenvolver a Arquivística, mas sozinhos. Eles pouco contam com apoio das áreas acadêmicas e dos profissionais da área.

    Por sua vez, as áreas acadêmicas têm pensamentos distintos nas várias regiões do País e, poucas vezes, entram em consenso. A Arquivística praticada na Universidade de Brasília difere daquela praticada na Universidade federal do Rio Grande do Sul e vice-versa. A Bahia pensa diferente de São Paulo, que por sua vez tem os laços rompidos com o Arquivo Nacional.

    A Associação dos Arquivistas Brasileiros também trabalha seus talentos sozinha. Não há integração com o órgão normalizador (Arquivo Nacional). Este, no alto de sua extrema arrogância, não abre diálogo com as demais correntes de pensamento arquivístico; por covardia, pois foge do debate. Pior, tenta impor – unilateralmente – suas decisões comprovadamente errôneas. Mesmo diante de uma literatura arquivíistica consagrada em âmbito nacional de internacional; com autores de renome defendo posição contrário do AN, não há avanço

    Os representantes do Arquivo Nacional sabem que estão errados. Eles não podem ser tão estúpidos. Mas o ego e os impede de admitir esse erro. Desta forma, eles são burros e arrogantes. Burros porque permanecem no erro e arrogantes porque não o admitem.

    Isto posto, não há trabalho em conjunto. Há um agregado de “partes desmembradas” que trabalham separadamente. Quando elas se somam, o resultado não é o esperado. Cabe aos arquivistas protestar e tentar romper a barreira de estupidez do AN, mediante mensagens com críticas e exigências de mudanças. A intenção é derrubar os “dinossauros” que comandam a instituição.
    Renovar é a palavra de ordem; pensar é a outra.
    Sem isto, qualquer tentativa de diálogo é inútil.

    Luis Pereira.

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  3. CORPORARQUIVISMO É ÓTIMO... HAHAHAHA

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