Tentando acordar do sonho kafkiano provocado pela discussão do processo apresentado aqui, nos deparamos com uma matéria publicada na Carta Capital, no mês de agosto, que demonstra o emaranhado político no qual se refugiam os arquivos. Nos comentários do post em questão, observamos a ideia da falta de contribuição real para a instituição, por parte daquele que procura uma capacitação profissional. Não sabemos o modelo administrativo a que essa ideia se refere, mas achamos que está muito mais atrelada à época das cavernas; pode passar para pegar o Kit Flinstones oferecido anteriormente. Não se levanta aqui um imaginário de guerra, travada entre as pessoas e os interesses da organização. Escutamos um ótimo neologismo no XVI CBA, que está longe do que queremos apresentar. Não se trata de CORPORARQUIVISMO.O ponto central é saber até onde o ideal de que uma instituição de missão altamente democrática pode se utilizar de métodos administrativos chancelados por lobos do antigo regime.
A questão é: e se perguntássemos o contrário? Ou seja, quais seriam os interesses da instituição? Que tipo de profissionais as instituições querem como representantes de sua equipe de trabalho? Qual a qualidade dos profissionais que são escolhidos para os projetos arquivísticos? Que filosofia está embutida na conduta da instituição? Será que temos um interlocutor?
Baixem aqui a matéria e tirem suas próprias conclusões.
Postado por Rodrigo Fortes de Ávila
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ResponderExcluirO comportamento do AN revela que o interesse é manter o mesmo cenário: impor decisões unilaterais e se recusar ao diálogo.
ResponderExcluirOs profissionais que desejam são meros executores. Seres pensantes são rejeitados. Aparentemente, a única filosofia de trabalho dos dirigentes é se manterem no poder e nada de mudanças.
O todo é maior do que a soma das partes" (Aristóteles)
Quando, por exemplo, uma equipe de futebol trabalha os valores individuais (os jogadores talentosos) mais do que o conjunto (a equipe); o time tende a fracassar mesmo diante de outro mais fraco de talentos e composto de pernas-de-pau, desde que bem organizado coletivamente.
Quando determinada organização empresarial – pública ou privada - conta com pessoas talentosas, mas esses talentos tentam resolver os problemas sozinhos, a empresa tende a fracassar ou não atinge os resultados esperados.
Estes e outros exemplos ilustram a face desfigurada da Arquivística Nacional. Nela, há teóricos e profissionais talentosos, mas que trabalham individualmente em busca de um ideal comum: o desenvolvimento da disciplina. O Arquivo Nacional, os seus respectivos representantes e o órgão central (Conarq) trabalham para desenvolver a Arquivística, mas sozinhos. Eles pouco contam com apoio das áreas acadêmicas e dos profissionais da área.
Por sua vez, as áreas acadêmicas têm pensamentos distintos nas várias regiões do País e, poucas vezes, entram em consenso. A Arquivística praticada na Universidade de Brasília difere daquela praticada na Universidade federal do Rio Grande do Sul e vice-versa. A Bahia pensa diferente de São Paulo, que por sua vez tem os laços rompidos com o Arquivo Nacional.
A Associação dos Arquivistas Brasileiros também trabalha seus talentos sozinha. Não há integração com o órgão normalizador (Arquivo Nacional). Este, no alto de sua extrema arrogância, não abre diálogo com as demais correntes de pensamento arquivístico; por covardia, pois foge do debate. Pior, tenta impor – unilateralmente – suas decisões comprovadamente errôneas. Mesmo diante de uma literatura arquivíistica consagrada em âmbito nacional de internacional; com autores de renome defendo posição contrário do AN, não há avanço
Os representantes do Arquivo Nacional sabem que estão errados. Eles não podem ser tão estúpidos. Mas o ego e os impede de admitir esse erro. Desta forma, eles são burros e arrogantes. Burros porque permanecem no erro e arrogantes porque não o admitem.
Isto posto, não há trabalho em conjunto. Há um agregado de “partes desmembradas” que trabalham separadamente. Quando elas se somam, o resultado não é o esperado. Cabe aos arquivistas protestar e tentar romper a barreira de estupidez do AN, mediante mensagens com críticas e exigências de mudanças. A intenção é derrubar os “dinossauros” que comandam a instituição.
Renovar é a palavra de ordem; pensar é a outra.
Sem isto, qualquer tentativa de diálogo é inútil.
Luis Pereira.
CORPORARQUIVISMO É ÓTIMO... HAHAHAHA
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