07 junho 2010

I RBEPA - É HOJE!!!



A coordenação deste blog enfatiza a importância do comparecimento dos interessados à I Reunião Brasileira de Ensino e Pesquisa em Arquivologia, promovida pela UnB, com particular interesse na palestra de abertura da profa. Anna Szlejcher, conforme postado aqui anteriormente. Reproduzimos, abaixo, a mensagem de boas vindas da coordenação do evento:

Uma mensagem a todos os membros de I Reunião Brasileira de Ensino e Pesquisa em Arquivologia

I Reunião Brasileira de Ensino e Pesquisa em Arquivologia acontece sob a égide do sonho, da reflexão e do trabalho coletivos dos cursos de graduação em Arquivologia de todo o Brasil. É um encontro que demonstra aonde nos pode levar a “inteligência coletiva” a qual, bem antes da Internet, sempre deu bons e prodigiosos frutos porque resultante de um projeto coletivo. Desde os passos iniciais no mundo acadêmico, na década de 1970, até sua expansão vertiginosa a partir dos anos 1990, a Arquivologia tem buscado sedimentar o seu estatuto de disciplina científica, ao mesmo tempo em que tece suas indagações – profissionais, estudantis, de docência e de pesquisa – acerca de sua capacidade de interagir com o mundo, a sociedade; ser reflexiva e propositiva. Os desafios, atuais e futuros, para os profissionais, docentes e pesquisadores dessa área do conhecimento, são de natureza e alcance diversos. Em comum, a exigência de reflexões constantes seja no campo técnico, político e acadêmico. As respostas – quase sempre provisórias – devem ser, portanto, construídas coletivamente.

O fazer arquivístico não pode prescindir de uma reflexão oriunda da Academia, assim como essa mesma reflexão se alimenta da práxis cotidiana dos egressos ou dos profissionais habilitados pela sua própria experiência.

Os desafios da contemporaneidade, sendo demasiados complexos para os objetivos de uma única disciplina, não deixam, no entanto, de se dirigir ao nosso campo de conhecimento. Particularmente quando nos interpelam sobre o tratamento da cultura material da qual fazem parte os arquivos. Uma parte significativa da memória dos povos repousa sobre os documentos de arquivo. Isso, por um lado, nos encoraja na busca constante de uma competência específica, ao tempo em que também nos assusta, tamanha é nossa responsabilidade e exigência de engajamento. De toda forma, como os Antigos, podemos sempre recorrer aos deuses ou, no nosso caso, a uma deusa, Séchat, deusa dos arquivos que, sabiamente, protegia os escribas, ou –, o que sabemos nós sobre o pensamento dos deuses? – simplesmente, os escritos?

Assim, evocando os egípicios, agradecemos ao jovem Gabriel, filho da nossa colega Eliane Braga de Oliveira, que soube expressar tão sabiamente o espírito do nosso Encontro. A logomarca que ele concebeu chama-se Triskle, um antigo símbolo indo-europeu, utilizado por povos germânicos e gregos, além dos celtas. Para estes últimos, o Triskle representava as tríades da vida em eterno movimento e equilíbrio. A marca proposta para o evento, diz o sábio Gabriel, “representa a tríade passado, presente e futuro, que perpassa toda a prática arquivística; e a tríade ensino, pesquisa e extensão, que deve ser contemplada na formação do arquivista”. Para nós, representa, também, a tríade “sonho, reflexão e trabalho coletivos”, signos da I Reunião Brasileira de Ensino e Pesquisa em Arquivologia.

Um ótimo evento a todos nós! Nossas boas vindas aos colegas e participantes de outros estados.

Georgete Medleg Rodrigues
Presidente da Comissão Organizadora

5 comentários:

  1. Ontem, tivemos a presença da Diretora e professora Anna Szlejcher, da Escuela de Archivología de la Universidad Nacional de Córdoba. A partir do trabalho apresentado (Investigación y formación archivística: los nuevos desafíos), pude entender melhor os seguintes pontos: a Arquivologia como disciplina autônoma e com dimensão temporal, a constante necessidade de integração da teoria e da prática arquivística, o arquivista como profissional multifuncional, socialmente independente e que se adapte às mudanças, o conceito e a importância do currículo e da educação superior e a universidade como o local de produção do conhecimento.
    O currículo pode ser descrito como uma organização do conhecimento; já a formação superior deve ser baseada em uma preocupação com os cursos que permitam a formação múltipla profissional, para que esse atue na sua área e, de maneira intensa, nos processos de transformação social. A universidade, que engloba os conceitos citados acima, é descrito como o lugar do saber (rigoroso e crítico) que contribui para o desenvolvimento da dignidade humana e para a herança cultural.
    Segundo ela, Luciana Duranti, na sua época de formação, teve uma educação baseada na identificação, descrição e ordenação dos documentos antigos, onde as novas idéias e métodos se desenvolviam lentamente. Os educadores queriam a imutabilidade da teoria; logo, não havia a necessidade da investigação teórica dentro da disciplina. O que podemos entender, a partir desse exemplo? De maneira resumida, podemos dizer que deve existir uma interação entre educadores e estudantes para que exista a produção, a transmissão e a aplicação do conhecimento? Seria a educação o principal desafio para a formação de um profissional? O que podemos entender por profissional multifuncional e socialmente independente?
    Enfim. É sempre bom compartilhar informações.
    Muito legal o evento.


    :)

    ResponderExcluir
  2. yo estoy muy feliz con tus palabras y qué mi conferencia haya sido importante para completar tu formación.
    Gracias
    Anna Szlejcher

    ResponderExcluir
  3. Extra!!
    Notícias do site da UnB. Arquivologistas criam sociedade científica.
    http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=3455

    Arquioquê?
    Brincadeirinha...

    ResponderExcluir
  4. Eu vi isso também.
    Como é que pode! Só podia ser coisa dos JORNALISTOLOGISTAS da SECOM!
    AFF!
    :/

    ResponderExcluir

clique para comentar