A atividade prevista para a próxima 4ª f, dia 01 de outubro, a preparação para a apresentação da próxima rodada de filmes, será realizada remotamente. Acredita-se que assim as equipes terão melhores condições de se reunir e organizar o material para os dias 08 e 13 do mesmo mês .
Pede-se que cada grupo indique no comment abaixo quais serão os principais tópicos pensados para a discussão em aula, bem como com qual (is) notícia (s) se estabelecerá uma conexão. Como se trata de preparação apenas, não há maiores problemas se a previsão aqui colocada não corresponder plenamente ao que será efetivamente exposto.
Na aula do dia 06/10 as propostas aqui elencadas serão discutidas em classe.
Prazo: 06/10 até às 18:00hs (inserções posteriores não serão consideradas)
Modalidade: Em grupo e obrigatória.
Tópicos principais para discussão em aula:
ResponderExcluirO documento como instrumento de poder e silenciamento:
I. Adoção legalizada de crianças negras por uma família com vínculos nazistas.
II. A formalidade dos documentos contrasta com a realidade de escravização.
Análise diplomática dos documentos:
I. Características intrínsecas e extrínsecas dos documentos de adoção e dos registros do Partido Nazista Brasileiro.
II. Uso da simbologia nazista como forma de autenticidade e coerção (tijolos, fotos, bandeiras, gado marcado).
O papel da Diplomática além da autenticidade:
I. A necessidade de uma diplomática crítica e contextualizada para lidar com documentos que sustentam violências e apagamentos.
II. Os limites da documentação formal frente à oralidade dos relatos das vítimas, essencial para reconstituir a história dos meninos.
O Brasil e o Nazismo:
I. Existência oficial e documentada do Partido Nazista no Brasil.
II. Convivência entre símbolos nacionais (bandeira do Brasil) e nazistas, mostrando alianças ideológicas e sociais.
A Fazenda e a Família Rocha Miranda:
I. Ligação histórica entre escravidão, integralismo e nazismo no Brasil.
II. A investigação do historiador Sydney Aguilar como reconstrução crítica a partir de arquivos e documentos familiares.
Símbolos como autenticadores de ideologia:
I. A suástica como marca de dominação e controle psicológico.
II. Uso deliberado de símbolos para institucionalizar o medo e naturalizar o regime, inclusive em ambientes rurais e distantes do centro do poder.
Matéria ligada ao documentário:
https://www.intercept.com.br/2025/08/25/encontramos-brasileiros-canais-abertos-neonazismo-telegram/
Recentemente, uma reportagem do The Intercept Brasil mostrou que mais de 35 mil brasileiros participam de canais abertos de neonazismo no Telegram, onde são compartilhados símbolos, discursos de ódio e ideologias extremistas. Essa notícia se conecta diretamente ao documentário Menino 23, que revela o uso de símbolos nazistas por uma família brasileira ligada ao regime. Pela ótica da Diplomática arquivística, tanto os documentos antigos (como fotos, panfletos e registros de adoção) quanto os conteúdos digitais atuais (como os canais e mensagens do Telegram) podem ser analisados como documentos que registram ideologias e práticas sociais. A Diplomática nos ajuda a entender como esses documentos são produzidos, qual sua função, autenticidade e contexto. Assim como os registros de adoção legitimaram práticas abusivas no passado, os canais digitais hoje funcionam como documentos simbólicos que legitimam discursos perigosos.
Fahrenheit 451 (1966)
ResponderExcluir- Tópicos de reflexão:
* Como o controle e a destruição documental afetam a autenticidade da informação?
* Sem o suporte original, como identificar manipulação ou alterações?
* Um documento separado de seu suporte (como o “homem-livro”) ainda é autêntico e válido como prova?
No filme o Estado controla e destrói livros, impondo uma única versão da realidade; a população recebe informações filtradas e/ou memorizadas (“homens-livro”), separando o conteúdo do suporte original.
Na diplomática o controle documental compromete a proveniência, autenticidade e integridade. A preservação não envolve apenas o conteúdo, mas também o suporte, que garante o valor probatório. Separar ou destruir documentos fragiliza a autenticidade e dificulta a verificação de alterações.
- Notícias relacionadas:
Censura a livros bate recorde nos EUA, denuncia organização - https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/03/23/censura-a-livros-bate-recorde-nos-eua-denuncia-organizacao.ghtml
Censura de livros em Santa Catarina: quando virá a queima em praça pública? - https://iclnoticias.com.br/censura-de-livros-em-santa-catarina-quando-vira-a-queima-em-praca-publica/
Comissão aprova destruição de documentos originais particulares convertidos em formato eletrônico - https://www.camara.leg.br/noticias/1206378-comissao-aprova-destruicao-de-documentos-originais-particulares-convertidos-em-formato-eletronico/?utm_source=chatgpt.com
- Grupo: Cergio – 242025608; Douglas – 242025635; Ivaneide – 222010804; Karina – 222035367; Sandra - 242025724
O nosso grupo irá tratar do filme ''Negação'' , abordando os aspectos de autenticidade e veracidade. Iremos relacionar o filme com a unidade trabalhada, comparando com o caso do jornalista Vladimir Herzog, onde documentos autênticos foram usados para acobertar uma mentira, e o julgamento de Deborah Lipstadt contra o negacionista David Irving.
ResponderExcluir-Notícias relacionadas:
https://veja.abril.com.br/cultura/o-mais-novo-ataque-de-donald-trump-aos-museus-nos-estados-unidos/
Ainda Estou Aqui (2024)
ResponderExcluirTópicos a serem discutidos em sala:
O Documento Oficial
Autenticidade: O documento é oficial, emitido pela autoridade correta (o Estado). Isso lhe confere poder e legitimidade.
Veracidade: A informação contida no documento é, de fato, verdadeira.
A Arma do Estado Autoritário: Criar documentos que são autênticos, mas com informações falsas (não verídicos), para encobrir crimes e impor uma narrativa oficial.
Controlar os documentos oficiais é uma forma de controlar a narrativa. A luta das famílias Herzog e Paiva foi para retomar esse controle e garantir que o arquivo refletisse a verdade.
O Assassinato de Vladimir Herzog
A foto: Documento autêntico e verídico, pois registrava a cena forjada com precisão. Sua própria veracidade visual provou a impossibilidade do suicídio.
A 1ª certidão de óbito: Autêntica, mas fraudulenta. Usou o poder do Estado para oficializar a mentira do "suicídio".
A 2ª certidão de óbito: Um novo documento, autêntico e verídico, que corrige o arquivo histórico e restabelece a verdade, que era o objetivo da luta da família
O filme "Ainda Estou Aqui"
A ausência documental: A principal tática do Estado no caso de Rubens Paiva foi a negação de um documento. A ausência de uma certidão de óbito se tornou a "verdade oficial" da fuga e desaparecimento.
A batalha pela criação da prova: A jornada de Eunice Paiva é uma luta para achar e criar "contra-documentos" (petições, testemunhos, processos) que pudessem forçar o Estado a produzir um registro verdadeiro dos acontecimentos.
A certidão de óbito: A materialização da justiça em um documento oficial que reconhece o óbito, transformando a verdade dos fatos na verdade do arquivo.
Correção: Apesar de ter acontecido após o lançamento do filme, houve ainda a correção da certidão de óbito para violência cometida pelo Estado, assim como aconteceu no caso de Vladimir Herzog.
Notícia relacionada:
ONG denuncia manipulação em relatório dos EUA sobre direitos humanos | Agência Brasil
https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2025-08/ong-denuncia-manipulacao-em-relatorio-dos-eua-sobre-direitos-humanos
A ideia do Estado de criar documentos autênticos com conteúdo falso continua ocorrendo, mesmo em Estados democráticos, tanto em documentos relacionados a crimes (como a certidão de óbito de Herzog) quanto em relatórios sobre direitos humanos, no caso da notícia, e tem como objetivo o mesmo, o controle de narrativa. A luta de Eunice Paiva pela certidão de óbito de Rubens Paiva, em que a omissão estatal foi a verdade oficial do Estado, encontra paralelo na necessidade da ONG de buscar provas e petições para forçar o reconhecimento da verdade sobre as violações de direitos humanos.
O relatório dos EUA é um documento oficial autêntico, mas suspeito de não ser verídico, com a denúncia da ONG representando a procura por criação de provas para correção do relatório, buscando transformar a verdade dos fatos na verdade oficial. O ponto é o poder do Estado em usar o documento para impor sua versão da verdade e a sociedade em exigir que o arquivo reflita a realidade, seja através da correção de uma certidão de óbito ou da contestação de um relatório internacional.
Grupo 2: Bianca, Camila, Fernanda, Heloísa, Tailane
Filme: Missing. Que trata do desaparecimento de um cidadão norte-americano durante o golpe militar no Chile e mostra a busca por verdade e responsabilidade política.
ResponderExcluirNosso grupo discutirá a autenticidade e veracidade documental em contextos autoritários, o papel dos registros oficiais e a busca pela verdade diante de desaparecimentos forçados.
A notícia: https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2025/03/7092648-pais-nao-olha-para-os-desaparecidos-sao-mais-60-mil-por-ano.html se conecta ao filme ao mostrar a falta de transparência e a omissão do Estado.
A relação evidencia, pela Diplomática, como os documentos são essenciais para garantir justiça, memória e responsabilidade pública.
Alguns tópicos a serem abordados:
-A importância da autenticidade e veracidade documental em contextos políticos autoritários.
-O papel dos documentos oficiais como instrumentos de poder, manipulação e controle da informação.
-A busca pela responsabilidade do Estado diante de desaparecimentos forçados.
Grupo: Kelvin Carlos / Lorena Cristina / Maria Clara / Natanael Dias / Roxane Ribeiro