31 janeiro 2011

Novos paradigmas, velhos arquivos?


As recentes leituras nos fazem pensar e questionar ainda mais as fronteiras de uso dos arquivos na nossa sociedade. É com esse intuito que disponibilizamos a recente dissertação defendida pelo Gabriel M. F. Bevilacqua, pela USP, no ano passado. ACESSE AQUI.

O trabalho parte de algumas premissas essenciais para se discutir os arquivos numa vertente mais atual:

a) A discussão que se dá na literatura arquivística opera basicamente sobre o solo das instituições de caráter público, esquecendo-se que nas organizações privadas  que os novos paradigmas estão sendo colocados em prática;

b) A mudança de paradigma no uso dos arquivos acontece em duas frentes distintas, ainda que representadas pelo mesmo acervo: b.1- a potencialidade informativa geral, e; b.2 - o valor probatório ou evidencial; 

c) A potencialidade de uso informativo coloca a necessidade de desenvolvimento de sistemas de informação integrados. E é aqui que entra a discussão da dissertação do nosso colega Gabriel, que vai debater os pressupostos teóricos e as aplicações práticas para o desenvolvimento de banco de dados e informatização em arquivos.

Vale a pena a leitura do trabalho para aqueles que estão interessados em seguir a pós-graduação e discutir os arquivos com um olhar de pesquisa. É preciso que se discuta esses pontos para não ficarmos presos às crenças absolutas e dogmatizadas. Quebrar as certezas exige um esforço, mas é ai que se ganha autonomia.

Rodrigo Fortes

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