08 outubro 2010

Archiving social media


A arquivista Kate theimer apresentou ontem no site ArchivesNext reflexões importantes acerca dos mass medias (ACESSE AQUI). A discussão, ainda incipiente, parece começar a ser observada dentro dos debates atuais. Agora temos uma "nova" preocupação. Aliás, toda solução traz novas preocupações. Lembro-me de um excelente debate que tivemos na aula de Usuários da Informação, com o professor Murilo Bastos, onde foi apresentado o seguinte raciocínio: o processo de produção de dados eletrônicamente, a automatização dos escritórios, trouxe a preocupação com as informações que eram produzidas. Alguém perguntou: "E agora, o que fazer com todos esses dados?" Dai surge a gestão da informação (GI), para tentar tornar esses dados mais robustos e compreensíveis. Pois bem, a GI nos trouxe um outro grande problema: o que fazer com essa massa de informação que está sendo criada e subutilizada? Alguma mente brilhante levanta o dedo e diz, "já sei, vamos criar a gestão do conhecimento (GC)!". E agora, vamos colocar as pessoas pra se comunicar, criando redes de relacionamentos virtuais? Ok. Mas dessa vez não teve nenhum espertinho pra levantar a mão e perguntar: "mas quem vai preservar estas informações e se preocupar com a fragilidade desses materias, observando a autenticidade e fidedignidade dos mesmos?" O silêncio foi profundo. Alguém até chegou a cogitar a ideia de que "não precisa, a gente pode guardar tudo, é muito barato, custo zero". Papai noel  e o Coelhinho da páscoa até sorriram na hora. O problema agora grita em alto e bom som. Quem está preocupado com a preservação das informações dos meios de comunicação social? Que tipo de discussões teremos para começar esse trabalho? Quando essa discussão vai tomar lugar em nossas preocupações profissionais?

Cenas do próximo capítulo.


Postado por Rodrigo Fortes de Ávila

3 comentários:

  1. Meu amigo, li, graças a você, o texto da Kate Theimer e também me chamou atenção uma coisinha que ela escreve bem no início: o fato de haver poucos arquivistas participando do evento sobre "social media". O arquivista ainda vive em mundo muito seu e acredita que essas tecnologias e novas formas de se comunicar são "estórias". Precisamos começar a discutir como aplicar nossos conhecimentos teóricos nessa nova massa de documentos que surge dia a dia com todas as suas peculiaridades. O que é suporte? Quem é o autor? Quem é o produtor? E o fundo? E quem avalia? Tudo isso muda um pouco de posição no mundo virtual e nas redes sociais... a discussão, espero, está só começando!

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  2. Daqui há 20 anos, vão se preocupar com isso, quando a maioria dos documentos já não existirem mais. Já vi este filme. O suporte apenas mudou.

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