13 julho 2010

Quem sou eu?



Depois da conquista do Mundial pela Espanha, que provou aos quatro cantos do mundo que é possível apresentar um futebol atraente, jovem e vencedor, me deparo com um problema de ordem Diplomática. Sentado e tomando um café, penso que se a nossa candidata à presidência da república, Dilma Rousseff, tivesse assistido a pelo menos uma das aulas na UnB não teria afirmado que apenas rubricou, e não assinou o programa de governo do PT registrado pelo TSE, que pregava a taxação de grandes fortunas, a redução da jornada de trabalho e o controle social dos meios de comunicação. Acesse aqui a matéria publicada.

Quer dizer então que eu posso dizer que esse post não é de minha autoria, logo não me responsabilizo pelas informações aqui vinculadas? Já que não existe assinatura, só o meu nome no final, não tenho nada a ver com isso?

Observamos durante as aulas que a assinatura é uma característica intrínseca à autenticidade do documento. Mas qual seria a diferença, minha "provável" presidenta, entre esta, a rubrica, o nome daqueles que fazem comentários aqui no blog e até mesmo dos que postam textos, colocando no final a sua identificação? O curioso é que a nossa candidata começa a seguir o mesmo caminho da agenda do governo Lula. Não basta apenas ser a continuidade em termos de programa de governo, é preciso também repetir as máximas do "Não fui eu", "Eu não vi", "Não sei de nada", e "Não assinei, apenas rubriquei". Afinal, tudo o que é dito aqui é opinião de quem posta. Mas como eu não assino, posso falar mal de quem eu quiser mesmo. E tudo o que foi dito pelos comentários nos "posts-motivação" não vale de nada, já que, afinal, ninguém pode ser identificado se não for pela assinatura, né?

Vou parar por aqui só por que o Fernando Pessoa me cutuca aqui do lado. Ele falou que quer falar com essa tal de Dilma. Afinal de contas, o cara foi mestre em criar heterônimos e já assinou como Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis... Agora ele pergunta quem ele é. "Ora pois, 'Pissoa', sei lá. Pergunta pra Dilma"!

Rodrigo Fortes de Ávila ... ou não.

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