Flávia Ataíde
(graduanda em arquivologia na UnB co-responsável
pelo blog de Diplomática e Tipologia Documental)
Ao abrir a página do Correio Brasiliense Web, um de seus destaques, figura acima, aborda a paralisação do TSE. A imagem faz referência aos vários processos que estão aguardando o fim da paralisação. O recorte me indaga pelo seguinte: por que o objeto de estudo dos arquivistas é, na maioria das vezes, representação do caos? Por que os arquivos (instituição arquivística) são considerados lugares de menor valor? Por que não é exaltada a importância dos arquivos para a sociedade? Partindo destes questionamentos e comparando os arquivos, bibliotecas e museus, os últimos sempre ocupam um lugar de destaque, tanto para estudiosos quanto para a população em geral, nos âmbitos educacional, cultural e científico.
Os arquivos são reconhecidos, hoje, principalmente, por seu valor primário. Sendo que sua organização é vital para as instituições. Mas parece que a mudança, num panorama geral, do que se entende por arquivo precisa ser melhor difundida. Além disto, os arquivistas devem se ater, para uma nova atividade que surge na profissão, o marketing da informação. Assim, poderemos desconstruir a imagem de “Arquivo Morto” e construir a imagem de arquivo como ponto de acesso à informação.
Postado por André Lopez
Imagem extraída do do Correio Braziliense on-line, de chamada randômica em 3 junho 2010. Acesse aqui a reportagem completa.
Mas é exatamente essa a maior barreira a ser ultrapassada pelos arquivistas. Sempre esbarramos em politicagem e descaso para o crescimento e melhores condições do nosso trabalho.
ResponderExcluirQuem nunca passou por isso que atire a primeira Hello Kitty!
*Quando se depende da boa vontade das pessoas, dá até uma vontade de desistir.
Mas essa coisa de Marketing da Informação é bem interessante e um tanto quanto nova. Acho que seria legal uma discussão mais aprofundada sobre isso.
Não entendi bem o motivo da postagem, QUALQUER e TODOS os tribunais tem processos acumulados por falta de servidores, ou juízes ou analistas judiciários, isso é a realidade brasileira, principal motivo da acumulação de processose, e a matéria acima discursa sobre como a greve dos servidores do TSE pode atrapalhar o serviço eleitoral.
ResponderExcluirImagino que a imagem do correio braziliense, que geralmente é bem sensacionalista e usada fora de contexto, falo com conhecimento de causa por já ter trabalhado lá, seja para as pessoas associarem imediatamente ela ao problema da paralização, o arquivo desde que me lembre não é considerado um serviço essencial, o protocolo sim, mas como eu nunca vi eles juntos...
Marketing é mais velho que ... de costas, da informação não é tão novo quanto se falam, marketing existe em qualquer profissão, em algumas mais, outras menos, não sei vocês mais aprendi desde cedo a importância de mostrar para o resto da instituição o que fazemos, como fazemos e porque fazemos, só assim para entenderem a importância do nosso trabalho e saberem que também ajudamos a tirar aquela papelada entulhada do seu setor de trabalho sem cobrar nada mais.
Nosso objeto de trabalho é sempre lembrado como caos, porque no serviço público é como sempre está, salvo raras exceções(se alguém puder citar 2).
No mais, que vacilo da África do Sul ein...
Caro Matheus,
ResponderExcluirJá foi abordado, neste blog e em aulas, que as postagens não precisam ser somente sobre diplomática. Esse espaço, que é livre, serve também para discussão dos mais variados temas que possam ser abordados pela arquivologia. No post, não é discutido a questão da greve em si, ou seja, a falta de servidores acumula trabalho. O que ele traz é a questão do objeto arquivístico, a condição com a qual ele é tratado e a importância que lhe é dado.
Voltando ao assunto do post, o marketing, no âmbito da ciência DA INFORMAÇÃO, não é uma questão tão antiga. Para quem ainda não ouviu falar sobre isso, vale ter como ponto de partida que a conhecida “explosão da informação”, ocorrida no século XX, que deu início aos estudos em Ciência da Informação. Pesquisadores da nossa área estão debruçando sobre o tema com mais afinco recentemente. E pelo que já li sobre o assunto, este além de muito relevante na nossa área é muitíssimo interessante.
Estudamos 5 semestre juntos e é a 1° vez que me chama de caro, fica nervosa não.
ResponderExcluirTú podia simplesmente tratar da 2° parte do post que não deixaria de ser interessante, a 1° não tem relação com as indagações, essa imagem serve para qualquer tribunal e só indica que os processos podem ter vários volumes ou estão sendo transportados para outro lugar ou mil coisas, para mim, uma imagem sem contexto não vale mais do que 1 palavra, nada.
A ciência da informação é nova, marketing não, marketing da informação não tem tantos trabalhos escritos pelos mesmos motivos que já discutimos em aula, de não termos pesquisadores na área...não quer dizer que não exista...
Estou sentindo uma reprovação por tudo que falo nessa matéria ou é impressão minha?
Matheus,
ResponderExcluiracho que não é reprovação. Na verdade, vc é um dos poucos que está sempre comentando por aqui, sempre participando. Penso apenas que são maneiras de pensamento distintas. Entendi bem o que a Flávia quis dizer, assim como também entendi o seu argumento. A questão é que nós temos o ponto de vista do profissional que mexe com aquilo lá que está nas mãos da pessoa na imagem. Então, a gente puxa o ponto de vista para isso. Mas realmente, o contexto e a ideia da matéria, como vc disse, estão relacionados à greve. Contudo, é uma boa maneira de se começar a discutir a questão do marketing nos arquivos. Se até a discussão da informação(como objeto de estudo da Arquivística) é incipiente , imagina só o marketing da dita cuja. rs.
Até mais.
Barato Matheus (é brincadeirinha tá?!),
ResponderExcluirRELAXE!
Não há reprovação. Nossas opiniões apenas são divergentes. Cada um tem que defender seu ponto de vista. Continue postando o que você acredita. Isso se estende a todos os alunos, colegas de atuação e curiosos. COMENTEM!
Esses posts estão aqui para isso!
Já dizia a vó da minha vó:
ResponderExcluirPropagada é a alma do negócio
[b]Concordo com o Matheus. Marketing é antigo. Fazemos marketing sem perceber... Porém a arquivologia precisa de um pouquinho mais da gente, mais de marketing, mais estudos, mais profissionais, mais tudo.
ResponderExcluirO post está relacionado à greve, mas também há pontos em que podemos abrir ainda mais a discussão. Pouca importância, ainda, é dada aos arquivos, em alguns casos, até ao protocolo. Porém, se pararmos para analisar, com o tempo isso tem se modificado e acho que pra melhor. Não sejamos tão negativos...