16 junho 2010

Análise de autenticidade automática: será que isso é possível?


Técnica desenvolvida na Unicamp permite a identificação de cédulas, documentos, alimentos e até remédios falsificados, de maneira mais rápida que os métodos convencionais. Será que isso pode ajudar ao arquivista determinar a autenticidade de documentos? 




Veja a reportagem no Correio Brazilense on-line clicando aqui e/ou baixe o texto impresso em pdf clicando aqui.

Eu, como professor fico imaginando se um aparelho destes me ajudaria a identificar aqueles atestados médicos fajutos que alguns alunos me entregam quando faltam em uma prova. Será que a máquina ainda permitiria diferenciar os trabalhos autênticos dos alunos daqueles "psicografados" da Internet? Ou será que essa última questão é um problema de veracidade e não de autenticidade?

Qual é a sua opinião? 


Postado por André Lopez

10 comentários:

  1. Os atestados são autênticos e verídicos, já as dores e as doenças...as minhas são, mas como eu tenho poderes mágicos, sempre sei com antecedência quando ficarei doente, inclusive essa data está chegaaaando XD

    Esse brinquedo fantástico da UNICAMP analisa formulação molecular das coisas, e não o conteúdo, o trâmite, os carimbos e assinaturas dos documentos.

    Deixa o trabalho dos PF´s mais rápido, mas o nosso está na mesma praça, no mesmo banco e a praça é nossa é horrorosa...

    Tenho dito

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  2. Complementando a fala do Matheus, o processo é realizado a partir da química do documento e não da informação.

    "Os cientistas colocam esses íons no espectrômetro de massas, que realiza a leitura e também fornece a composição química daquela amostra, o que os responsáveis pelo estudo chamam de impressão digital, ou seja, a identidade de cada amostra."

    Para nós, arquivistas e profissionais da área, o objeto do estudo é a informação e não a composição química do suporte documental. Então, continuaremos no nosso tradicional processo de analisar diplomatica e tiplogocimante os documentos, por mais que o novo equipamento seja útil para outras atividades.

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  3. Complementando o comentário do Matheus, o equipamento busca a veracidade através da química do documento e não da informação contida no documento.

    "Os cientistas colocam esses íons no espectrômetro de massas, que realiza a leitura e também fornece a composição química daquela amostra, o que os responsáveis pelo estudo chamam de impressão digital, ou seja, a identidade de cada amostra."

    Ou seja, para nós arquivistas e profissionais da área, nosso objeto de estudo é a informação e não a química do suporte. O equipamento pode ser útil para outras atividades, porém nós ainda continuaremos com o tradicional processo de análise diplomática e tipológica.

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  4. pelo que eu sei, não existe um modelo padrão de atestados médicos, ou seja, o material, formato, desenho e outras.. vão do gosto do médico..
    agora, a autenticidade esta no carimbo, na assinatura, na logomarca do hospital, clínica e etc..

    e a veracidade esta no conteúdo das mazelas do indivíduo, que no caso do aluno, praticamente 100% de chance de ser verdadeira né.

    hehe..

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  5. Nota ao 2ndo coment da Fabi: o equipamento não busca a VERACIDADE através da química, porém a AUTENTICIDADE. Fiquem atentos para não confundir os termos....

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  6. Existem outros elementos de autenticidade nos atestados além dos mencionados pelo Rodrigo: identificação do CRM e indicação (na parte das "mazelas") do CID (código internacional de doenças). Atestado sem CID não vale nada.

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  7. Uma questão importante a ser notada é que o teste utiliza o termo "autenticidade" para o documento... enquanto que, na verdade, está avaliando o papel. Então, se consigo uma nota no Banco Central e faço a impressão das informações na minha casa, ela é autêntica? Ou seja, o teste com certeza não é feito de maneira isolada. Outros elementos devem relacionados.

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  8. Apesar desse método da Unicamp colaborar muito, ele não é suficiente. Pelo menos no que diz respeito à papéis, a análise diplomática e tipológica vai ter que continuar sendo feita, pois quimicamente o atestado vai continuar sendo autêntico e verídico,já que é feita a análise do papel. Mas diplomaticamente ele pode não ser tão verídico e autêntico assim.

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  9. Autenticidade e veracidade químicas? Nunca ouvi falar disso. Outrossim, você está certa ao dizer que o aparelho não nos é suficiente.

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  10. Esse novo sistema pode ajudar mas, realmente, existem muitos outro fatores que identificam a autenticidade e veracidade. Por exemplo, no caso da moeda Real, quem trabalha diariamente com essa moeda, conhece bem as caracteristicas que a compõem. Por meio da textura, dos relevos, das linhas de segurança, etc. A autenticidade é composto pelo conjunto de informações que caracterizam um documento, e não apenas por um elemento.

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