Após 16 anos como docente do magistério superior confesso que nunca vi coisa minimamente similar: redução de salários. Pela primeira vez entrarei em greve não apenas para respeitar a vontade coletiva dos colegas, mas por concordar com essa vontade. Os que me conhecem a mais tempo sabem que nunca aceitei a prática de paralisar a universidade pública como estratégia de defesa desta mesma universidade pública. Os que me conhecem sabem que, mesmo respeitando a paralisação em greves anteriores, nunca deixei de continuar trabalhando fora de sala de aula em orientações e pesquisas.
Outrossim informo que as atividades previstas para esta 6ªf, dia 12/03/2010 ESTÃO MANTIDAS, salvo segundo aviso. Na ocasião a proposta da disciplina será apresentada, bem como a divisão dos grupos e definição de tarefas, deixaremos em aberto o cronograma, no aguardo dos desdobramentos.
Na data de aula subsequente, 6ªf dia 19/03/2010, também nos encontraremos e na ocasião conversarei com vocês sobre minha decisão e sobre os procedimentos que deveremos (em conjunto) tomar. Em todas as greves que participei como docente jamais suspendi minhas atividades antes de conversar pessoalmente com cada turma sob a minha responsabilidade.
Há muitas informações e opiniões sobre a questão. Os que se interessarem podem ler artigo que bloguei ano passado sobre o assunto no "Ciência e Iluminismo" clicando aqui. O mesmo artigo deve nota postada no "Ciência Brasil"; clique aqui para lê-la (os comentários são o máximo!). Quem se interessar sobre notícias "mais objetivas" pode ler a nota do Correio Braziliense aqui.
Sobre a palhaçada que é o salário indecente de um docente na UnB leia aqui nota irônica blogada no "Ciência Brasil".
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